
O primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 5 e 9 de maio revelou que, 12 municípios de Roraima estão classificados como de alto risco para epidemia de dengue. Apenas os municípios de Caroebe, Normandia e Uiramutã apresentaram classificação de médio risco.
Além disso, a pesquisa avalia a presença de larvas do mosquito transmissor da dengue em domicílios e áreas próximas, permitindo às autoridades direcionarem ações de combate com maior precisão.
“O objetivo do LIRAa é identificar os locais com maior presença de larvas do mosquito Aedes aegypti. Permitindo que as autoridades de saúde direcionem as ações de controle de forma mais eficaz”, explicou a gerente NCFAD (Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue), Rosangela Santos.
Entretanto, nos focos mais encontrados, 73% dos municípios apresentaram lixo acumulado. Todos considerados depósitos passíveis de remoção, como principal tipo de criadouro. Dentre eles, pneus abandonados, bebedouros de animais e vasos de plantas, por exemplo.
“Esses depósitos são chamados de passíveis de remoção, ou seja, podem ser eliminados com ações simples da população e dos serviços municipais. O Estado orienta que sejam priorizadas ações como mutirões de limpeza, visitas domiciliares e educação em saúde para eliminação de criadouros”, reforçou a gerente.
Casos notificados
Entre 1º de janeiro a 26 de maio de 2025, Roraima registrou cerca de 1.069 casos suspeitos de dengue, com 251 casos classificados como prováveis. Isso representa um aumento de 41% comparado ao mesmo período de 2024.
“Temos um risco de ocorrência de uma epidemia, considerando o resultado do LIRAa e também a circulação dos quatro sorotipos da dengue no estado. Esse cenário exige resposta rápida e ações coordenadas”, completou Rosangela.
Por fim, o Núcleo enviou orientações a todas as secretarias municipais de Saúde para a intensificação das ações de controle vetorial. A recomendação é que os municípios iniciem imediatamente mutirões de limpeza. Além disso, devem reforçar campanhas de orientação à população, bom como fortalecer a atuação dos agentes de endemias nas áreas mais críticas.
Fonte: Da Redação