O sistema elétrico brasileiro está preparado para responder ao crescimento econômico dos próximos anos, por meio de novos investimentos e com a participação de diversas matrizes energéticas no processo. A avaliação foi feita nesta terça-feira (29) pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante a apresentação do relatório final do Grupo de Trabalho de Modernização do Setor Elétrico no Clube Naval, no centro do Rio de Janeiro.
“Quando eu estava para assumir o ministério, uma das preocupações que me foram colocadas é que o país vai voltar a crescer, e vamos precisar de energia para dar suporte a esse crescimento. Energia é base da infraestrutura. Segurança energética é vital para que se possa ter investimentos e empreendimentos. Vamos dar tranquilidade à sociedade brasileira e ao governo, e o país vai ter a energia necessária para manter seu crescimento, a um custo compatível com aquilo que os consumidores podem pagar”, disse o ministro, em entrevista coletiva logo após a apresentação do relatório.
Dirigindo-se a uma plateia formada principalmente por representantes do setor energético, o ministro elogiou o relatório, elaborado nos últimos seis meses e representando um plano para implementação das diretrizes que nortearão as ações pelos próximos três anos, para a entrega de um novo ambiente de negócios no setor elétrico. Para a preparação do relatório, foram realizadas mais de 140 reuniões com cerca de 100 especialistas e 30 agentes e representantes de associações e consultorias. Seis órgãos de governo apoiaram o trabalho e foram feitas cinco consultas públicas.
Segundo Bento Albuquerque, o atual cenário energético nacional garante tranquilidade à população, a empresários e a investidores estrangeiros sobre a oferta para os próximos anos, pois há uma variada gama de projetos aprovados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
“Projetos aprovados pela EPE não faltam. Isto nos dá uma certa tranquilidade. O desafio é como colocar isso no mercado. O Brasil tem uma diversidade de fontes energéticas que permite um conforto. As eólicas representam hoje 8% da nossa matriz e, nos próximos oito anos, provavelmente chegarão a 14%, assim como a solar irá para 4%, além da biomassa e dos biocombustíveis, que terão um papel importante. A nossa matriz energética continuará sendo a mais limpa do mundo, com 85% de fontes renováveis”, disse o ministro.
Além do Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a EPE, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também participaram da organização do evento.
O relatório completo pode ser acessado na página do ministério na internet.
Informações: Agência Brasil