Mais de 2 mil médicos cubanos que faziam parte do programa Mais Médicos serão enviados para a Venezuela, nação irmã ideológica da ilha dos irmãos Castro. O país governado pelo ditador Nicolás Maduro, no entanto, ainda não deixou claro como serão feitos os pagamentos dos profissionais.
A inclusão de médicos cubanos em solo venezuelano não será novidade ao país. Clínicas administradas por médicos enviados por Fidel e Raul Castro foram um programa marcante do ex-líder socialista venezuelano Hugo Chávez, que desfrutou de amplos recursos de petróleo durante seus 14 anos no comando da Venezuela, encerrados em 2013, quando morreu vítima de câncer. A Venezuela pagava pelos serviços médicos com remessas de petróleo.
Nicolás Maduro, que tem vivido um colapso da antes crescente economia da Venezuela, tem enfrentado queixas de decadência do sistema de saúde do país e de abandono das unidades antes administradas por médicos cubanos. “O fascismo brasileiro encerrou o projeto de saúde e os 2.000 médicos estão vindo para a Venezuela”, afirmou o presidente.
Os médicos cubanos deixaram o Brasil após Cuba recusar os novos termos aplicados ao programa Mais Médicos definidos pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou à época que cerca de 11 mil médicos estavam sendo submetidos a “trabalho escravo” e exigiu que o governo cubano, que ficava com 75% de seus salários, permitisse que os funcionários recebessem o valor integral e fossem acompanhados por suas famílias no Brasil.
Informações: Uol
