A Polícia Federal fez buscas na manhã desta segunda-feira (29) na sede do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, em Minas Gerais, na investigação sobre supostas candidaturas-laranja durante a eleição de 2018. À época, o diretório era presidido pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, mas ele não é alvo direto da operação. Sete mandados foram cumpridos na capital mineira e mais quatro cidades.
A reportagem tenta contato com a sede do partido, na Região Centro-Sul da capital mineira, mas nenhum representante foi encontrado até as 9h. O G1 fez contato com o Ministério do Turismo e aguarda retorno. Até esta publicação, a assessoria de Marcelo Álvaro Antônio não foi localizada.
Os mandados foram expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, e a operação recebe o nome Sufrágio Ostentação. Houve a apreensão de documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.
Em Belo Horizonte, uma gráfica no bairro Ipanema, na Região Noroeste, também foi alvo das buscas. Policiais também estiveram em duas gráficas em Contagem, na Região Metropolitana. As demais cidades onde mandados foram cumpridos são Lagoa Santa, na Grande BH, Coronel Fabriciano e Ipatinga, no Vale do Rio Doce.
Desde fevereiro, a Justiça de Minas Gerais apura supostas irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha pelo PSL a quatro candidatas nas eleições de 2018. Elas tiveram votações pouco expressivas, embora tenham recebido dinheiro da sigla, o que levantou a suspeita de uso de candidaturas-laranja.
Ainda segundo a PF, o objetivo da ação desta segunda-feira (29) é esclarecer suposta irregularidade na aplicação de recursos para cotas femininas.
Ninguém foi encontrado para comentar a investigação nas gráficas Big Gráfica, em Belo Horizonte, Bless e SC Editora e Gráfica, em Contagem. Os nomes dos estabelecimentos nas outras cidades ainda não foram informados.
Informações: G1