Romero Jucá: “Eleição se faz com propostas, esperança e perspectivas”

De acordo com Romero, um senador tem que ter conhecimento e relacionamento, propostas, capacidade técnicas

O ex-senador Romero Jucá concedeu entrevista neste domingo, 5, na Rádio Folha, onde apresentou um balanço sobre sua atuação política, sobretudo nos últimos quatro anos em que não teve mandato, mas que segundo ele, não parou de trabalhar por Roraima. Ele, que está na corrida para retornar ao Senado Federal, também destacou a parceria firmada com Teresa Surita, pré-candidata ao Governo de Roraima.

Jucá fez uma breve síntese de sua vida política, que veio a Roraima nos anos 80 como governador do ex-Território Federal e depois teve três mandatos como senador. Segundo ele, foram anos de muita contribuição ao Estado, sempre buscando defender Roraima e toda a Amazônia. Além disso, trouxe diversos recursos que ajudaram a fortalecer o Estado como um todo.

Romero ressaltou estar preparado para retornarão Congresso Nacional, mais experiente e com uma visão ainda maior sobre a construção de um Estado melhor e mais digno para os roraimenses. Destacou ainda que em 2018 foi vítima de uma série de fake news que contribuíram para a perda de seu mandato. Porém, a população hoje vê a atuação questionável dos atuais senadores.

“Senador tem que ter conhecimento e relacionamento, propostas, capacidade técnicas. Não adianta apenas pedir dinheiro ao presidente ou aos ministros. Enquanto senador por Roraima, liberei muitos recursos, pois discuto com a área técnica dos ministérios, apresento projetos, retiro as pendências e aí a gente ocupa esse espaço de maneira muito forte”, disse.

Além disso, sobre a atuação corrida pelas eleições deste ano, Romero destaca que todo e qualquer candidato deve estar sempre focado naquilo que é melhor para o cidadão, não para satisfazer interesses pessoais. “Eleição deve ser feita em cima de proposta, de esperança, de perspectiva. Não é escolha de quem é melhor, mas do que é melhor para nosso Estado e para o País”.

Questão energética

Durante a entrevista, Romero respondeu às perguntas enviadas por ouvintes. Em uma delas, foi questionado sobre sua atuação como senador por mais de 20 anos que supostamente não teriam resolvido a questão energética do Estado. Romero fez um breve histórico sobre a situação e destacou que, por exemplo, o entrave em torno do Linhão de Tucuruí é recente e envolve questões alheios à sua vontade.

Segundo Romero, o leilão que deu start para as obras de interligação de Roraima ao Sistema Nacional só foi aprovado em 2011 e iniciado de fato em 2015. Desde então, diversos embates foram travados entre o Governo Federal, organizações não-governamentais (ongs) e comunidades indígenas.

Além disso, Jucá lembrou que outros parlamentares – deputados federais e senadores – não conseguiram resolver a situação. “Deixei de ser senador há quatro anos e o linhão não ainda começou. E eu defendo muito esse projeto. Fui senador por três mandatos. Quantos senadores Roraima teve até agora? Só tinha eu? É uma responsabilidade que não é do ‘Jucá’. Tivemos vários deputados. É uma luta do Estado”.

Outro ponto levantado pelo ex-senador é sobre a “fake news” em torno do seu nome de que ele seria o dono da Roraima Energia. Jucá ressaltou mais uma vez que isso se trata de uma inverdade, tanto que já moveu dois processos contra a companhia devido os maus serviços prestados à população.

“Isso vem desde 2018, quando adversários me atacavam dizendo que eu tinha a ‘chave’ que desligava a energia do Estado e que aumentava o valor da tarifa. Pensem: se eu fosse o dono da empresa, acham que eu faria essas coisas para me prejudicar em ano de eleição? De forma alguma! Por aí já se vê que há um contrassenso muito grande”.

Assista a entrevista completa: