A falta de anestésicos, compressa e eletrodos ocasionou no cancelamento de todas as cirurgias emergenciais e eletivas no Hospital Geral de Roraima (HGR), segundo denúncia do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima (Sindprer) divulgada nesta nesta segunda-feira (1°).
Pacientes internados no Hospital das Clínicas (HC) e Hospital Lotty Íris aguardam por cirurgias ortopédicas há mais de um mês e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) comunicou que retornaria com os procedimentos nesta semana, após conserto de equipamentos médico-hospitalares.
Entretanto, o presidente do Sindprer, Melquisedek Menezes, afirmou que sem materiais básicos para amenizar a dor ou auxiliar no acompanhamento do estado de saúde de pacientes durante cirurgias, todos os procedimentos no HGR estão impossibilitados.
“Nenhum procedimento cirúrgico pode ser realizado sem esses materiais. E os profissionais que atuam no HGR sabem disso, por isso cancelaram todas as que estavam previstas, e ainda não terão condições de fazer as que forem emergenciais”, declarou.
Melquisedek frisou que este é somente um dos exemplos da atual situação de profissionais de enfermagem que atuam para o Governo de Roraima. Outra denúncia recebida pelo sindicato aponta que a coleta de amostras para teste PCR de coronavírus é feita no mesmo ambiente onde lixo hospitalar está sendo acumulado, no Hospital Regional Sul Ottomar de Souza Pinto.
“Os profissionais não têm condições de trabalhar, estão expostos ao perigo constante de serem contaminados pelo coronavírus e outras doenças, e ainda sofrem psicologicamente por não poderem prestar o atendimento necessário. Tenho recebido denúncias em cima de denúncias todos os dias dos mais diversos tipos sobre o sofrimento de quem trabalha na saúde estadual, nunca vi algo parecido”, comentou.
Informações: Roraima em Tempo – Foto: Nilzete Franco