Caso Coopebras: Justiça envia à PF nomes de foragidos para inclusão na Interpol

A juíza Daniela Schirato enviou ofício à Polícia Federal (PF) para que sejam incluídos os nomes de quatro foragidos investigados por esquema na Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras).

O documento foi enviado nesta semana e pede que façam parte da lista: Edivaldo Pereira Vieira, Esmeralda Menezes Vieira, Edilson Pereira Vieira e Maria Oélia Paulino de Lima. O recebimento da denúncia e ordem de inclusão foram revelados pelo Roraima em Tempo.

“Solicito de vossa senhoria a inclusão dos nomes dos réus, abaixo relacionados, que encontram-se foragidos e possuem mandados de prisão preventiva em aberto, cadastrados no
BNMP [Banco Nacional de Monitoramento de Prisões]”, escreveu a magistrada.

Daniela expediu as ordens de prisão no fim de agosto, o que sustentou a terceira fase da Operação Hipócrates. A investigação indica desvios calculados em R$ 30 milhões a partir de contratos entre a empresa e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Conforme o delegado geral da Polícia Civil de Roraima, Herbert Amorim, a operação foi vazada um dia antes, causando graves prejuízos às diligências. Edivaldo é considerado o mentor e recebia R$ 120 mil por mês da cooperativa.

Já Esmeralda tinha salário mensal de R$ 45 mil a título de produção e era, segundo o Ministério Público, responsável pelo núcleo de ocultação patrimonial. O nome dela era usado para registrar imóveis de luxo, como forma de lavar o dinheiro ilícito.

Mesmo foragidos, Edivaldo, Esmeralda e Maria Oélia, já tentaram, por diversas vezes, reverter a ordem de prisão, mas todos os pedidos fora negados. Os três alegam doença e que fazem parte do grupo de risco do coronavírus, não podendo ficar reclusos em uma unidade prisional.

Informações: Roraima em Tempo – Foto: Divulgação