Moradores e comerciantes do bairro Pricumã, Zona Oeste de Boa Vista, sentem-se inseguros. É que nos últimos cinco anos, a criminalidade cada vez mais faz parte do dia a dia de pessoas que vivem na região.
Na última semana, o portão da casa de uma moradora que reside no bairri há 40 anos foi arrombado. Os autores da ação não conseguiram furtar nada, mas Flávio Fonsceca, servidor público e filho da moradora, explicou que o aumento da violência na região é reforçado pela falta de policiamento ostensivo e de soluções para os crimes cometidos.
“Nada foi levado, mas é desesperador acordar de manhã e se deparar com o portão arrombado. Há câmeras em casa que mostraram a ação. Foi tudo muito rápido, e os bandidos não levaram nada, pois não tinha nada ao alcance ali na frente de casa”, relatou.
Ao Roraima em Tempo, Fonseca contou que a família ainda vive os traumas deixas pela violência. O pai dele, por exemplo, acabou morrendo durante um assalto no bairro há cerda três anos. Além de se sentir inseguro, ele também reclamou da falta de agilidade para elucidar o caso.
“Registrei boletim de ocorrência do caso, mas nunca tive retorno até hoje. Com essa nova situação, fico desmotivado a ir registrar ocorrência, pois a Polícia Civil não mostra soluções. Criei uma descrença pelas autoridades”, acrescentou.
Dona de uma loja roupas na rua das Camélias, Sheila Andrea também outra cidadã que vive refém do medo. Há mais ou menos dois anos, assaltantes invadiram o seu comércio e levaram mais de 100 relógios. Além do prejuízo material, ela revela que teve que superar o medo que sente toda vez que lembra da situação
“Quando voltei a aprontar a loja, não conseguia nem fazer a vitrine. Vendia os produtos pelas redes sociais. Precisei de dois anos para ter coragem de começar a montar a loja de volta. Eu nem gosto de ver grupos de notícias no Whatsapp, essas coisas, pois sempre vejo crimes ocorrendo aqui por perto”, comentou.
Outro local assaltado, na avenida Via das Flores, foi uma loja de venda de açaí. A atendente do local, Maria da Conceição, disse a reportagem que o crime ocorreu no ano passado.
“Os proprietários encheram a loja de câmeras. Isso ajuda a manter um senso de segurança. Mas aqui é um pouco deserto, e a maior preocupação é quando está no horário das 20h ou 21h, principalmente em fins de semana.”, disse.
GOVERNO
O Roraima em Tempo entrou em contato com o Governo de Roraima para saber se há planejamentos para melhorar a segurança pública no bairro Pricumã, mas até o momento não obteve nenhum retorno.
Informações: Roraima em Tempo – Foto: Google Street