O vereador Linoberg Farias, que prega a democracia, o debate, andou excluindo internautas que comentaram em uma de suas postagens. O fato aconteceu nesta quinta-feira, 16, logo após o vereador publicar em redes sociais, chateado, porque a prefeita Teresa Surita não teria escrito seu nome em uma lista de agradecimento aos vereadores por terem votado um projeto que autoriza a contratação emergencial de novos médicos e profissionais para atuarem no Hospital da Criança e nos postos de saúde.
O internauta escreveu “Mas não é você quem vive publicando nas redes sociais que a prefeitura atende todas as suas indicações de obras e serviços”?, questionando a incoerência de se promover afirmando que a prefeitura atende a todos os seus pedidos. O conteúdo minutos depois foi apagado e o internauta bloqueado para curtidas e novos comentários.
Outra internauta ainda questionou “Vereador, pare de BLOQUEAR AS PESSOAS. Não é o senhor que fala em debates, em democracia? Não me bloqueie nem exclua esse comentário. Nos responda: O senhor vive postando nos seus stories que a prefeitura atende TODAS as suas indicações e agora vem se queixar da prefeita? Como assim? Hipocrisia, heim! O senhor não engana a todos. Sabemos bem o que o senhor anda fazendo e se aproveitando das obras do município para se promover como se tivesse sido o responsável. Cuidado com o telhado de vidro!”.
Para entender a situação, o vereador que faz oposição e reclama de todas as obras que a prefeitura faz na cidade, sejam escolas, postos de saúde, calçadas, praças, etc., posta diariamente nas redes sociais documentos sem a mínima resolução, impossibilitando a leitura, afirmando que são indicações de obras que teriam sido feitas pelo seu gabinete e atendidos pela prefeitura.
Vereador já justificou gastos de mais de R$ 710 mil em verbas indenizatórias
Recentemente, o portal Boa Vista Já repercutiu os gastos justificados pelo vereador Linoberg, oriundos de verbas indenizatórias que, até fevereiro deste ano, já passavam dos R$ 710 mil.
Esses recursos são aqueles utilizadas para despesas das atividades parlamentares como assessoria jurídica, de comunicação, material de consumo, expediente, locação de imóveis, divulgação geral, suprimentos de informática, telefone fixo e móvel, dentre outros.
Desse total, Linoberg gastou 197 mil com consultorias jurídicas, de acordo com o site da transparência da Câmara de Vereadores. O segundo maior gasto do vereador foi com consultoria e assessoria de imprensa, custando o equivalente a R$ 132 mil.
Outro gasto que chama atenção é com relação à locação de imóveis. Mesmo tendo um gabinete à disposição na estrutura da Câmara, desde 2017 Linoberg justifica pagamentos com locação de imóveis no valor de R$ 56 mil. Foram pagos pelo vereador R$ 2 mil, R$ 2,2 mil, R$ 2,673, dentre outros a cada mês com locação de imóveis.