‘Quem tiver que ser punido, será punido’, diz governador de RR sobre secretário levar presos para fazer obras em casa

Governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), falou publicamente pela primeira vez sobre o caso nesta segunda-feira (14) — Foto: Rede Amazônica Roraima/ Reprodução
Governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), falou publicamente pela primeira vez sobre o caso nesta segunda-feira (14) — Foto: Rede Amazônica Roraima/ Reprodução

O governador de Roraima Antonio Denarium (PSL) disse não ter recebido oficialmente a denúncia de que o secretário de Justiça e Cidadania, André Fernandes, levou presos para fazer obra na própria casa, mas afirmou que “as responsabilidades serão apuradas”.

A denúncia foi feita por agentes penitenciários ao Ministério Público de Roraima (MPRR) e a investigação ainda está em curso. Dois presos já foram ouvidos na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público.

Denarium falou pela primeira vez publicamente sobre o caso nesta segunda-feira (14), seis dias depois de o escândalo vir a tona no Bom Dia Brasil.

“Ainda não recebemos oficialmente a notificação. Vamos levantar toda a situação e todas as responsabilidades serão apuradas. Quem tiver que ser punido, será punido”, declarou Denarium durante coletiva à imprensa.

“Ocorreu o fato e vamos avaliar a denúncia assim que recebermos do MPRR. Vamos levar em conta também a recomendação do órgão”, completou o governador.

A denúncia contra o secretário chegou ao MPRR por meio de um relatório feito por agentes penitenciários. No documento há registros de fotos e vídeos que mostram os presos saindo da Cadeia Pública transportando material de construção na carroceria de um carro que pertence ao governo do estado, e trabalhando na casa do secretário.

Em nota, a Sejuc defendeu que o tipo de trabalho feito pelos presos faz parte da rotina da unidade, como forma de incentivo à reeducação do detento.

Foi informado ainda que o trabalho realizado pelos detentos custou R$ 750, valor que foi pago pelo próprio secretário. Além disso, segundo a nota, os presos teriam sido liberados pelo chefe de plantão com conhecimento da direção do presídio, o que foi negado pelo diretor.

A lei de execução penal só permite trabalho externo de presos do regime fechado em obras públicas e com garantias de segurança e autorização da direção do presídio.

Informações: G1 Roraima