RR tem cinco cidades com alto risco de transmissão de dengue, aponta Saúde

Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Pixabay/Divulgação
Fêmea do Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus — Foto: Pixabay/Divulgação

Roraima tem 5 dos 15 municípios com alto risco de transmissão de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti como dengue, zika e febre chikungunya, apontou Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

De acordo com relatório do Núcleo de Febre Amarela e Dengue (NCFAD) da Sesau, a capital Boa Vista, Caracaraí, Iracema, Rorainópolis e São João da Baliza foram as cidades que apresentaram os maiores percentuais de infestação do Aedes. A maior pontuação desses cinco foi para Caracaraí, com índice de 9,6.

Já os municípios de Alto Alegre, Cantá, Caroebe, Mucajaí, Pacaraima e São Luiz apresentam médio risco para uma epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito. O índice entre esses municípios foi de 1,7 a 3,4. Amajari, Bonfim, Normandia e Uiramutã foram as cidades que apresentaram baixo risco de infestação do Aedes. O índice entre esses municípios variou entre 0,4 a 0,9.

O LIRAa apontou ainda que a grande maioria dos criadouros do mosquito está dentro de casa, em depósitos móveis que facilitam o acúmulo de água parada, como em vasos de plantas. O percentual este ano foi 482,7%. Logo em seguida, vem o lixo doméstico, com percentual de 393,6%. Os tanques de armazenamento de água e os poços também figuram entre os locais propícios como criadouros, com percentual de 299,1%.

Casos de dengue e chikungunya
Até o fim de agosto deste ano, Roraima já havia registrado 1.230 notificações de casos de dengue, sendo que 309 suspeitas deram positivo para a doença, após a realização de análise laboratorial. No ano passado, de janeiro a dezembro, foram confirmadas 106 suspeitas de 1.528 notificações.

Já para a chikungunya, das 214 notificações registradas neste ano, cinco deram positivo para a doença. No ano passado, foram 509 notificações e 39 confirmações após análise em laboratório.

Para a coordenadora do NCFAD, Rosângela Santos, a população precisa se empenhar mais, redobrando os cuidados com relação a qualquer ambiente que possa se tornar um potencial criadouro do mosquito.

“Muito embora tenhamos avançado em algumas situações, ainda assim precisamos fazer mais, principalmente no sentido de as pessoas estarem conosco nesse combate ao mosquito. A grande maioria dos criadouros detectado no LIRAa ainda está dentro dos nossos lares, por isso temos que ter uma atenção maior com relação à limpeza das nossas casas”, salientou.

Informações: G1 Roraima