Ao longo desta semana, circularam mensagens em texto e áudios por aplicativos de mensagens instantâneas constando que um grupo de pessoas estaria indo de casa em casa “se passando por servidores da prefeitura de Boa Vista” sob “pretexto de fazer pesquisas”. As postagens sugerem que se tratava de alguma quadrilha responsável por sequestrar crianças ou aplicar vacinas de forma ilegal.
Ao ter conhecimento do teor das mensagens, a Prefeitura de Boa Vista enviou comunicado, além de postagens em suas redes sociais, fazendo o devido esclarecimento. Trata-se de pesquisa de Avaliação de Impacto de Política Pública para a Primeira Infância em Boa Vista, um estudo inédito no Brasil contratada pela gestão municipal.
A pesquisa é aplicada pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC), que avalia se as ações, programas e serviços públicos para gestantes e crianças de 4 e 5 anos de idade produzem benefícios significativos e mensuráveis.
A prefeitura ressaltou que as equipes de entrevistadores estão devidamente identificadas, mas com crachás próprios, pelo fato de não serem servidores municipais. Porém, a recomendação é que a população deve exigir a identificação dos entrevistadores, garantindo a segurança de todos.
Confira o comunicado na íntegra:
Nota de esclarecimento sobre entrevistadores
Acerca das informações que circularam nesta quarta-feira, 12, nas redes sociais, sobre pesquisas de campo cujos entrevistadores não estariam identificados, a Secretaria Municipal de Comunicação esclarece:
1- A abordagem faz parte da pesquisa AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE POLÍTICA PÚBLICA PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA EM BOA VISTA – RORAIMA, um estudo inédito no Brasil contratado pela Prefeitura de Boa Vista;
2 – Salienta que a equipe não é de servidores municipais, e por isso não possui identificação nem uniforme da Prefeitura;
3 – A pesquisa está sendo aplicada pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC). Todos os pesquisadores possuem crachás com as marcas das duas instituições;
4 – A pesquisa avalia se as ações, programas e serviços públicos para gestantes e crianças de 4 e 5 anos de idade produzem benefícios significativos e mensuráveis;
5 – Toda abordagem feita com as crianças sempre é feita com a supervisão da mãe ou responsável;
6 – Os pesquisadores vão a campo durante três meses, de janeiro a março de 2020, visitando residências em todas as regiões de Boa Vista;
7 – Destaca que a Prefeitura reforçou que a empresa atue devidamente identificada para evitar novos ruídos;
8 – Orienta ainda que a população deve exigir a identificação dos entrevistadores, garantindo assim a segurança de todos.
Boa Vista é reconhecida no Brasil e no exterior por sua política integrada para a primeira infância. Lançada em 2013 pela Prefeitura de Boa Vista, essa política articula todos os setores da administração municipal para priorizar e favorecer famílias de baixa renda que tenham gestantes ou crianças na faixa etária de 0 a 6 anos.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética de Pesquisa da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP), após processo de submissão via Plataforma Brasil, tendo obtido o Parecer de Aprovação Número 3.745.234 em 05/12/2019.
A Prefeitura de Boa Vista se coloca a inteiro dispor para todos os esclarecimentos que forem necessários por meio dos canais 156 e as redes sociais.