Sem o Parque do Rio Branco, famílias já estariam sendo retiradas de suas casas

O nível de água do rio Branco atingiu no último dia 29 de junho a marca de 7 metros de altura com as chuvas recorrentes dos últimos dias. O fato é que, em anos anteriores, nesta ocasião já se tornava crítica a situação para quem morava no antigo Beiral, na área Caetano Filho, Calungá, onde os moradores sofriam com as cheias do rio.

Hoje, a situação é completamente diferente e as mais de 350 famílias foram indenizadas e vivem em bairros mais estruturados, longe de alagamentos. A prefeitura está construindo o que será o principal cartão postal da capital: O Parque do Rio Branco.

Dados da Defesa Civil Municipal confirmam a redução no número de ocorrências ocasionadas pela chuva em Boa Vista, entre os anos de 2017 a 2020. Para se ter uma ideia, em 2017, a Defesa Civil atendeu 49 chamados. Em 2018 foram 61 ocorrências e em 2019 apenas 3. Até junho deste ano, apenas 8 chamados foram atendidos de outros pontos da cidade.

“Nosso Rio Branco já alcançou a marca de 7 metros e já passamos da cota de alerta. Nesse momento se ainda existisse o Beiral e as áreas adjacentes, com certeza, já teríamos tirados as primeiras famílias. Após o início das obras, diminuiu bastante a nossa demanda e estamos numa situação de normalidade”, disse Amarildo Gomes diretor da Defesa Civil Municipal.

A obra do Parque do Rio Branco contribuiu para a redução das ocorrências de alagamentos. A obra se iniciou em abril de 2018, já com a retirada de mais de 350 famílias da área de risco do Caetano Filho (Beiral), mediante pagamento de indenizações, com recursos próprios.

As famílias que viviam no local sofriam há anos no período do inverno. Quando o nível do rio atingia a marca de 7 metros de altura, uma força tarefa era montada para a retirada das famílias que viviam em risco iminente de alagamentos naquele local. Hoje essas pessoas vivem em melhores condições estruturais.

Contraste entre dois tempos

Parque do Rio Branco

A obra segue a todo vapor. Passou pela primeira e segunda intervenção. Nesta terceira etapa, estão sendo erguidos o mirante de 86 metros de altura, com dois elevadores, um social e outro panorâmico. O local terá uma passarela metálica que dará acesso ao mirante.

“Este é um legado turístico e social, porque acabamos com aquela área tão complexa que era o Beiral, e também econômica porque aqui vamos gerar muitos empregos. É realmente uma obra significante para todos nós moradores de Boa Vista”, disse.

O Parque também contará com espelhos d’água, a marina (área para ancorar barcos), banheiros públicos, posto de vigilância da guarda, Parque da Primeira Infância, pista de cooper, ciclovia, praia e sombreiros. O local  receberá ainda uma passarela que interligará o Parque até a Orla Taumanan.