Agricultores familiares e indígenas iniciam plantio de feijão na zona rural de Boa Vista

Um grupo de 14 agricultores familiares iniciou o plantio de feijão no Polo 5 – P.A Nova Amazônia e conta com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, através do Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA). A expectativa é colher uma média acima de 22 sacos de 50 kg de feijão caupi por hectare.

O grupo pertence à Associação dos Agricultores Familiares do Polo V Fé na Terra (Asafet), filiada à Cooperativa Agropecuária dos Cinco Polos (Coopercinco), e será atendido com o pacote completo para o plantio do feijão, que inclui: calcário, fósforo, as sementes tratadas e certificadas, além de inoculante e os adubos de base e cobertura, todos fornecidos pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smaai).

O atendimento será feito ao grupo em áreas individuais, o que beneficia o agricultor no sentido de que no próximo ano terá uma área com solo já pronto ou para dar continuidade às lavouras com a cultura de feijão ou qualquer outra cultura que queira implementar.

A mecanização também é feita em parceria com a prefeitura por meio Smaai, utilizando os implementos adquiridos recentemente, uma grade aradora e plantadeira, o que vai otimizar o tempo e melhorar o operacional em campo.

“A prefeitura, por meio da Smaai, apoia esses novos polos para a cultura do feijão no P.A Nova Amazônia como forma de diversificar a produção de grãos nesse fim de inverno. Nas comunidades indígenas, no projeto Cultura de Inverno, a maioria também optou pelo feijão para que possa ser feita a rotação de culturas e a equipe está empenhada em plantar e com as condições climáticas ideais, as expectativas são as melhores”, enfatizou o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto.

O diretor financeiro da Coopercinco, Joanilton de Queiroz de Souza, acompanhou os trabalhos e destacou que o apoio do município por meio do PMDA e também o apoio da Coopercinco vêm facilitando e estimulando o agricultor a aumentar a produção. “Hoje estamos conseguindo atender em grupo uma quantidade maior e temos a esperança de ampliar ainda mais no ano que vem. Excelentes expectativas”, frisou.

O agricultor César Gonçalves da Silva destacou a importância do projeto para, no próximo ano, plantar feijão na sua lavoura. “Só aqui na minha vicinal, 12 famílias estão sendo beneficiadas. Esse ano o inverno está ajudando e espero colher em média 3 mil quilos do feijão na vagem”, completou.

Agricultores indígenas também aproveitam os dias de sol para plantar

A agricultura depende muito do fator “clima”. A chuva é muito importante para que a semente germine, mas o sol e bom tempo também são fatores primordiais para que o plantio possa acontecer.

Nas comunidades indígenas localizadas no Baixo São Marcos e na Terra Indígena Serra da Moça, as equipes trabalham a todo vapor aproveitando os períodos em que o sol aparece. Ao todo, 15 comunidades aderiram ao Projeto Culturas de Inverno e já estão trabalhando com a rotação de culturas.

Na comunidade do Milho, os trabalhos seguem e o tuxaua da comunidade Russinho Tavares Almeida tem boas expectativas para a safra. “Só tenho a agradecer o apoio da prefeitura para que a nossa comunidade desenvolva a agricultura. Temos muitos projetos para 2020 e vamos concretizar todos com esse apoio da prefeita Teresa”, concluiu.