Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (22), o governador de Roraima, Antonio Denarium (sem partido) classificou as críticas na condução das ações de atendimento às demandas de pacientes infectados por coronavírus como uma tentativa de descontruir o trabalho realizado pela gestão.
“Nós temos vários processos licitatórios e diariamente chegam novos medicamentos. […] O que existem também são muitas denúncias falsas, vamos dizer assim, de pessoas que não têm conhecimento e que estão tentando desconstruir o trabalho que está sendo feito pela Secretaria de Saúde (Sesau). Estamos trabalhando com transparência, e acima de tudo, aplicando corretamente o dinheiro público”, afirmou.
A fala de Denarium foi dada durante a entrega do Bloco D do Hospital Geral de Roraima (HGR), que também será destinado ao tratamento da Covid-19 no Estado.
“O Bloco D já está completamente concluído e nós já entregamos o Bloco B. Agora vamos iniciar a revitalização do Bloco A e do Bloco C, que já foi licitada. Infelizmente não tem como revitalizar todos [os blocos] ao mesmo tempo, porque nós temos que continuar atendendo aos pacientes”, completou.
NÃO HÁ FALTA DE MÉDICOS E REMÉDIO
Com a inauguração do bloco, a unidade passa a contar com mais 30 leitos, sendo 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 22 de Enfermaria. O processo de transferência de pacientes também foi iniciado na data de hoje.
“Quando assumimos [a Sesau], há cerca de seis meses, morriam 17 pessoas por dia, e também havia uma dificuldade de atendimento. Nós inauguramos a APC [Área de Proteção e Cuidados], que estava mais de 90 dias sem previsão de inauguração, e fizemos com que o HGR mantivesse o ritmo de atendimento. Ou seja, a unidade continua ativa e não há falta de médicos ou medicação, e isso se traduz em uma letalidade de 1%, que é o menor índice semanal do país”, salientou Marcelo Lopes, secretário estadual de Saúde.
NOVAS REFORMAS
O secretário da Sesau confirmou ainda que novos blocos do HGR passarão por reformas e que por esse motivo haverá transferência de pacientes para a estrutura da Área de Proteção e Cuidados [APC], montada pelo Exército no Bairro 13 de Setembro.
“No HGR, faltarão [reformar] o núcleo de Centro Cirúrgico, bloco de atendimento ao sistema prisional, áreas de serviço e o novo anexo [ao lado do HGR]. Além disso, há a possibilidade de inclusão do Pronto Atendimento [em ordens de serviço futuras]”, frisou.
Lopes destacou ainda que o mesmo processo deve ocorrer com a Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, a única unidade materno infantil do estado, e que também auxilia no tratamento de mães e bebês com a Covid-19.
“Previsão de transferência de pacientes para o Hospital de Campanha é para a primeira quinzena de janeiro, iniciando primeiramente por pacientes da Maternidade. A previsão para a permanência dessas pacientes é de quatro meses, tempo em que a Maternidade passará por uma reforma completa”, finalizou.