CPI DA SAÚDE: Vice-presidente da Coopebras se nega a explicar salário 12 vezes maior que o do diretor-presidente

Por mais de quatro horas, os deputados tentaram entender as razões para disparidade salarial praticada pela cooperativa (Foto: Supcom/ALE)

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) ouviram nesta terça-feira (4) o vice-presidente da Cooperativa Brasileira e Múltiplos Serviços Médicos (Cooperbras), Edivaldo Pereira, que se reservou ao direito de permanecer calado ao ser questionado sobre o motivo de seu salário ser 12 vezes maior que o vencimento do diretor-presidente da entidade.

Por mais de quatro horas, os deputados tentaram entender as razões para disparidade salarial praticada pela cooperativa. Edivaldo Pereira recebia salário de R$ 120 mil, enquanto a base de vencimento do diretor-presidente ficava em torno de R$ 8 a R$ 10 mil.

Os parlamentares também questionaram sobre as transferências vultosas de dinheiro das contas da Coopebras para contas de empresas e da Fazenda Esmeralda, de propriedade do próprio investigado. Ele negou as informações e disse que uma parte desses procedimentos foi adotado para evitar bloqueios, enquanto outra parte são resultados de contratos diretos com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). 

Além do vice-presidente da Coopebras, a CPI convocou o irmão dele, Edilson Pereira Vieira, que exerce a função gerente operacional. Ele também se reservou ao direito de permanecer calado em boa parte dos trabalhos.

Sobre a elaboração das escalas médicas, foi dito pelos depoentes as mesmas eram elaboradas pelas unidades hospitalares conforme demanda de cada uma delas e que o controle da frequência feita nos plantões médicos era feito em caderno, o que causou estranheza nos membros da comissão.

Sem citar nomes, o vice-presidente da Coopebras explicou que atesto nas frequências partiam dos coordenadores juntamente com a cooperativa. Ele também apresentou documentos que justificaria o pagamento de médicos profissionais de várias especialidades durante uma ação no ano de 2015.

Informações: Roraima em Tempo