O período chuvoso tem causado uma série de transtornos em todo o Estado. Compreensível, uma vez não ser possível controlar a força da natureza. Porém, o que não dá para compreender e aceitar é a inoperância de um governo que há três anos não implementa medidas para atender moradores de localidades distantes da capital.
Há tempos que o roraimense ouve coisas como o Estado ser a “última fronteira agrícola do país”. Entra governo e sai governo e parece que nada muda. Mas o homem do campo nunca foi tão esquecido como neste governo. Prova disso é a falta de interesse da atual gestão em apoiar o setor agropecuário, com poucos investimentos relevantes.
Além disso, aqueles que moram no interior, nas localidades mais distantes, durante esse forte inverno ficam ilhados devido à falta de manutenção na malha rodoviária, nas pontes e vicinais, prejudicando tanto a locomoção das famílias quanto o escoamento da produtividade no campo. Resultados: pontes de madeira que se quebram ou são levadas com os fortes vazantes dos rios.
Ou seja: não bastam as chuvas fortes prejudicarem as plantações de melancia, milho, batata-doce e tudo mais. O homem do campo ainda precisa lidar com o isolamento, com as dificuldades de escoamento e com o descaso legado a eles por um governo que se vendeu como um dos maiores apoiadores do setor, mas que na prática, só decidiu de última hora fazer meras “raspagens” em vicinais em pleno período chuvoso e fazer campanha eleitoral antecipada com a distribuição de brindes. O roraimense não merece!