Governo diz que investiu quase R$ 20 milhões em recuperação de pontes. Mas com a chegada do inverno, a realidade é completamente diferente

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As chuvas da semana passada já mostraram como será o inverno em Roraima. Aliás, a estação mais chuvosa no estado ainda nem começou e moradores e produtores do interior já voltaram a sofrer. Uma ponte foi até levada pela força da correnteza. Outras estão totalmente interditadas. E o Governo do Estado alega que investiu R$ 18.133.701,02 em três anos, com a recuperação de pontes no Estado.

Para piorar, o governo enviou uma nota no fim de semana informando que as pontes destruídas após fortes chuvas em Amajarí, Alto Alegre e Bonfim só serão reconstruídas quando as águas baixarem e o tempo melhorar. Veja nota:

As regiões mais atingidas recentemente foram Bom Jesus, vicinal Ametista e vicinal Tronco, em Amajarí. Em Alto Alegre, a região do Paredão foi a mais castigada. No Bonfim, o acesso às vilas Nova Esperança e São Francisco foi interrompido. Nesses locais, pontes que passam por reconstrução e outras antigas foram danificadas ou arrastadas pelas águas.

Mas não precisa ser um meteorologista para saber que a partir de agora as chuvas permanecerão até o segundo semestre do ano. Enquanto isso, quem precisa sair do interior para escoar a produção ou até mesmo para atendimento de saúde fica sem alternativas e amargando prejuízos.

Não é de hoje que vicinais e pontes são um problema em Roraima. No fim do inverno do ano passado, o jornal Roraima em Tempo e a TV Imperial, afiliada à RecordTV, percorreram mais de 2.500 quilômetros por 10 municípios do estado. As imagens e os depoimentos colhidos deram a dimensão do problema.

Dezenas de famílias vivem a míngua nas vicinais mais distantes e de difícil acesso de Roraima. São moradores, eleitores e pagadores de impostos que não têm escolha. Eles esperam há anos uma melhoria definitiva em suas regiões. Entra ano e sai ano e os problemas continuam os mesmos. Nas propagandas os problemas “já foram solucionados”, mas na prática, todas essas pessoas seguem vivendo sem soluções e mantendo a esperança – a única que os resta.

Informações: Roraima em Tempo