O governador Antonio Denarium (PSL) afirmou que no primeiro ano de mandato fez muito pelo Estado. A declaração está na mensagem de fim de ano, gravada para desejar boas festas às famílias roraimenses. O pesselista disse ainda que se trata do ano mais feliz da vida dele. Nesta reta final de 2019, ele enfrenta crise na Saúde e na Segurança.
“Estamos chegando ao final de mais um ano, o ano mais feliz da minha vida. Feliz, porque realizamos várias ações. Muitas delas alguns diziam que não íamos conseguir, mas com o esforço de todos vencemos as dificuldades e avançamos. Sei que não fizemos tudo, mas já fizemos muito. É só comparar”, diz.
Denarium também agradeceu a confiança e o respeito “por acreditar que podemos fazer do impossível o possível, da incerteza a certeza”. O governador, contudo, não detalhou nos 94 segundos de gravação quais foram as ações feitas pela gestão dele no primeiro ano de mandato.
CRISE
Eleito no ano passado por 136.612 votos, Denarium assumiu o governo no mês de dezembro como interventor federal. Segundo ele, a dívida pública era de R$ 6 bilhões, mesmo sendo contrariado pelo Tesouro Nacional, que estima débito de R$ 1,9 bilhão. Denarium recebeu R$ 225 milhões para pagar os salários e impostos atrasados.
Em abril deste ano, em entrevista ao Roraima em Tempo, ele denunciou desvio de R$ 50 milhões e disse ter renovado contratos por valores mais em conta, o que ajudaria no equilíbrio fiscal. Com o passar dos meses, projetos impopulares foram enviados à Assembleia Legislativa, desencadeando uma onda de protestos.
EMBATE
A gestão Denarium também foi marcada por diversas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra benefícios dos servidores públicos. A última petição à Corte pede a suspensão de repasses de duodécimo à Universidade Estadual de Roraima (UERR).
Desde o mês de novembro o governo enfrenta uma greve na enfermagem. Os servidores estão acampados em frente ao Palácio do Governo. Eles exigem atualização salarial e melhores condições de trabalho.
Da saúde à segurança, Denarium sofre forte pressão política para aprovar um reajuste de 47% no salário dos delegados de Roraima. Caso vete a proposta, os delegados ameaçam pedir exoneração em massa dos cargos que ocupam. Se aprovar o aumento, os policiais civis asseguram que vão paralisar as atividades por tempo indeterminado.
Se a greve for deflagrada pelos agentes, os servidores efetivos também afirmam vão interromper as atividades em diversos setores do Estado.
Informações – Roraima Em Tempo
