Policiais civis fazem novo protesto enquanto Denarium se reúne com delegados

Classe realiza reunião um dia após indicar exoneração em massa caso aumento não seja aprovado e agentes reforçam pedido de veto à proposta (foto: Ana Paula Lima)
Classe realiza reunião um dia após indicar exoneração em massa caso aumento não seja aprovado e agentes reforçam pedido de veto à proposta (foto: Ana Paula Lima)

Parte dos delegados da Polícia Civil de Roraima se reuniu com o governador Antonio Denarium (PSL), para conversar sobre a proposta que aumenta o salário da classe em até 47,8%.

O encontro ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (23), a portas fechadas, no Palácio Senador Hélio Campos. A reunião acontece após a informação de que delegados pediriam exoneração dos cargos, caso houvesse veto ao projeto de lei.

Em decorrência da reunião, dezenas de policiais civis se mobilizaram em frente à sede do Poder Executivo e voltaram a exigir veto à proposta. Além do governador, participaram do encontro representantes da Secretaria de Planejamento (Seplan), Procuradoria-Geral do Estado (Proge) e deputados estaduais. Ao fim, os delegados deixaram o local pelas portas dos fundos, segundo os agentes.

A deputada Aurelina Medeiros (Pode) disse que nenhum acordo foi feito. “A discussão foi a situação da Polícia Civil. O que está sendo pedido é que a gente entre em consenso. Não tem vencidos e nem vencedores nas categoria, [então] não se falou em veto ou sanção. Foi conversado a melhor situação para todos no Estado”, disse.

‘TRAGÉDIA’

Sem saber detalhes do que foi conversado, por não ter participado da reunião, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima (Sindpol-RR), Leandro Almeida, voltou a solicitar que o governador não aprove a proposta.

“Está no prazo ainda [de sancionar ou vetar], mas cada momento que isso se posterga, é um agravamento da crise dentro da Polícia Civil. A gente apela ao governador que ele dê logo um fim nisso”, projetou.

O sindicalista enfatizou que é necessária a criação de um novo Projeto de Lei para incluir as outras nove categorias e realizar aumento salarial de forma igualitária. “Está à beira de acontecer uma tragédia dentro da Polícia Civil, os nervos estão a flor da pele e todos trabalham armados. Queremos que a crise acabe logo”, ressaltou.

Informações: Roraima em Tempo