Irmã de governador de Roraima é alvo em operação da PF que investiga lavagem de dinheiro de comércio ouro ilegal

São cumpridos oito mandados de busca e apreensão e de bloqueio de bens em Roraima e Pernambuco.

Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) uma operação contra lavagem de dinheiro oriundo de ouro ilegal. Um dos alvos foi a irmã do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), Vanda Garcia.


Policias federais foram à casa de Vanda Garcia ainda na madrugada, no bairro São Vicente, zona Sul. O g1 ainda não fez contato com ela. Não há suspeita de envolvimento com o governador.

Além da irmã de Denarium, outros parentes do governador estão entre os alvos da buscas da PF. A assessoria do governador foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre a operação.

Uma equipe de reportagem da Rede Amazônica esteve na de Vanda, onde a PF fez a s buscas, mas ninguém apareceu do lado de fora.

PF foi à casa da irmã do governador de Roraima em oepração contra lavagem lavagem de dinheiro de comércio ouro ilegal — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

PF foi à casa da irmã do governador de Roraima em oepração contra lavagem lavagem de dinheiro de comércio ouro ilegal — Foto: Ailton Alves/Rede Amazônica

Ao todo, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão e de bloqueio de bens em Roraima e Pernambuco.

O objetivo da operação é investigar uma organização criminosa que estaria por trás do esquema de lavagem de dinheiro. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

A investigação começou após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a um carro em uma rodovia em Roraima. Os agentes suspeitaram dos suspeitos.

“Análises da PF indicaram envolvimento do passageiro com outros suspeitos já investigados em outros procedimentos e conseguiram revelar um esquema que teria movimentado R$ 64 milhões em pouco mais de dois anos”, diz a PF.

De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro é oriundo de compra e venda de ouro ilegal. Os suspeitos são investigados pelo uso de empresas de fachada para dar aspecto de legalidade às transações financeiras.

“Suspeitos receberiam valores de diversos financiadores pelo Brasil e sacariam ou transfeririam os valores para pessoas e empresas no estado de Roraima, as quais seriam responsáveis pela compra de ouro ilegal.”