Operação da Polícia Civil mira organização criminosa por lavagem de dinheiro em RR

Operação da Polícia Civil mira organização criminosa por lavagem de dinheiro em RR
Policiais cumprem mandados em Roraima – Foto: Divulgação/Polícia Civil de RR

Desde as primeiras horas desta quarta-feira (7), a Polícia Civil de Roraima (PCRR) integra a quarta fase da Operação “Fim da Linha”, coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os órgãos policiais investigam crime de lavagem de dinheiro,

A ação ocorre simultaneamente em 113 municípios, de 23 Estados da Federação, com o emprego de aproximadamente 1.300 policiais civis. O foco é o cumprimento de 403 mandados de busca e apreensão, 4 prisões preventivas, busca e apreensão de 187 veículos, bem como de sete embarcações e nove aeronaves.

Em Roraima 52 policiais civis, coordenados pela Delegacia de Repressão ao Entorpecentes (DRE), participaram da operação. Conforme a Civil, a ação ocorreu em Boa Vista, Bonfim e Rorainópolis. Além disso, três policiais civis do Rio Grande do Sul participaram dos trabalhos em Roraima, que visam o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão em empresas e residências.

Quatro pessoas investigadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, pelo crime de lavagem de dinheiro foram ouvidas na DRE.

A operação resultou na apreensão de cinco veículos, telefones celulares, notebooks e inúmeros documentos pertencentes às pessoas investigadas em Roraima.

Logística

A Operação Fim da Linha contou com o apoio logístico e operacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O órgão ministerial coordenou o trabalho integrado entre as Polícias Civis de 23 estados no enfrentamento a organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro, vinculadas a facções criminosas atuantes no Rio Grande do Sul e, também, a nível nacional.

Foco nas investigações

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as investigações relacionadas à quarta fase da operação, começaram no ano de 2021 visando desmantelar uma Organização Criminosa dedicada ao tráfico de drogas, contrabando de cigarros e armas, em diversas regiões daquele Estado.

A princípio, a polícia constatou que a ramificações desta Organização Criminosa, comandavam o comércio ilícito de drogas de dentro do sistema prisional.

Em fevereiro de 2022 ocorreram duas fases da operação. A primeira com foco no combate aos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Nesta, as autoridades policiais cumpriram 73 mandados de busca e apreensão, assim como 35 prisões preventivas. A segunda fase culminou no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em três estados.

Na terceira fase, que aconteceu em 12 de julho de 2022, os agentes cumpriram 24 mandados de busca e apreensão. Ao todo 18 pessoas foram presas. No decorrer dessa terceira fase, de 2022 a 2023, a Draco do RS efetuou 65 prisões, cumpriu 110 mandados de busca e apreensão, apreendeu 720 quilos de maconha e 26,8 quilos de cocaína.

Nesta quarta fase, a operação investiga farto conteúdo relacionado ao tráfico de drogas, compra e venda de armas de fogo, contrabando de cigarros e inúmeras operações bancárias, transferências de dinheiro, depósitos, e números de contas bancárias tanto de pessoas físicas, como de pessoas jurídicas, algumas criadas exclusivamente para lavar o dinheiro das organizações criminosas.

Foram constatadas a existência de vários laranjas, do alto escalão, responsáveis por fornecer suas contas bancárias para o recebimento e repasse dos valores advindos do tráfico para outros escalões da organização. Foi verificada ainda a existência de pessoas físicas e jurídicas que funcionam como laranjas nos atos de lavagem de dinheiro.

O aprofundamento das investigações revelou que muitas as pessoas que movimentavam vultosas quantias em dinheiro, moravam em locais simples, totalmente incompatíveis com as movimentações.

As ramificações em quase todos os Estados da Federação demonstram a capilaridade dessas organizações criminosas, tanto no recebimento, quanto na remessa de valores para criminosos associados.