Presidente Lula assina ordem de serviço para retomada de obras do Linhão do Tucuruí

Presidente Lula assina ordem de serviço para retomada de obras do Linhão do Tucuruí
Presidente Lula em transmissão ao vivo – Foto: Reprodução/Youtube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a ordem de serviço para a retomada de obras do Linhão de Tucuruí. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira assinou nesta sexta-feira (4) em Parintins no Amazonas a ordem que irá conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Conforme o Governo Federal, vai ocorrer o investimento de R$ 2,6 bilhões nas obras, que vão substituir usinas termelétricas e garantir energia confiável, limpa e renovável.

Atualmente, Roraima é o único, dentre as 27 unidades da federação, que está isolado do sistema. Os moradores de Boa Vista e cidades próximas dependem de usinas termelétricas movidas a óleo diesel, a gás natural, a biomassa e uma pequena central hidrelétrica.

A linha de transmissão que será direcionada à capital, é continuidade do sistema que atravessa boa parte do Pará e Amazonas. Assim, a expectativa é que ocorra a geração de cerca de 11 mil empregos com as obras. A previsão de conclusão é em setembro de 2025.

A medida é uma importante iniciativa do programa Energias da Amazônia, que visa a descarbonização do maior bioma brasileiro por meio da transição energética, substituindo a geração promovida por combustíveis fósseis para opções mais sustentável”, destacou o ministro.

Redução de custos

Espera-se que a interligação reduza o montante da energia térmica gerada no estado, diminuindo os custos do suprimento de energia elétrica. Com o andamento vai ocorrer a atualização dos estudos de planejamento da operação. Além disso, o balanço da oferta e da demanda vai ser levado em consideração. Segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), haverá redução do custo variável de operação das usinas termelétricas locais de R$ 200 milhões por ano.

Energias da Amazônia: o Energias da Amazônia foi lançado nesta terça-feira dia 4, em Parintins, em conjunto com o relançamento do programa Luz para Todos. Logo, estão previstos investimentos na ordem de R$ 5 bilhões para a transição dos 211 sistemas isolados. Eles utilizam combustível fóssil na geração de energia elétrica. Então a interligação ao SIN e implantação de fontes renováveis, ocorrerá redução em 70% a geração térmica. E 1,5 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidas.

Sobre a obra do Linhão do Tucuruí

Do mesmo modo, o Governo Federal irá construir cerca de 715 km de linha de transmissão. Sendo 425 km em Roraima e 290 km no Amazonas. Desse total, cerca de 122 km passarão pela Terra Indígena Waimiri-Atroari, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas capitais. 

O Linhão de Tucuruí constitui a maior ação ambiental do Ministério de Minas e Energia (MME). O empreendimento vai diminuir a geração de energia por meio de fontes de combustíveis fósseis (termelétricas). E o seu custo, além de reduzir a emissão de poluentes prejudiciais ao meio ambiente.

Por fim, o Conselho de Defesa Nacional (CDN) designou e qualificou o projeto como estratégico pela Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI). No passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), reconheceu a interligação como de interesse estratégico por meio da Resolução CNPE 9/2022.

Fonte: Da Redação