A empresa MedTrauma Serviços Médicos Especializados, investigada por desvio de verbas vai assumir de forma integral os serviços de Ortopedia do Hospital Geral de Roraima (HGR). A informação consta em ofício o qual o Roraima em Tempo teve acesso nesta quarta-feira (4).
Conforme o documento assinado pela própria secretária de Saúde (Sesau), Cecília Lorezon, a empresa que é de Mato Grosso, assume os serviços na unidade ainda este mês. Assim, todos os profissionais que atuam na área da Ortopedia devem se apresentar na secretaria, pois vão ser realocados.
A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para esclarecimentos sobre o assunto, contudo não houve retorno.
TCU suspendeu contrato de R$ 30 milhões de empresa com Sesau
Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) embargou o contrato de 30 milhões da empresa com a Sesau bem como a paralisação dos pagamentos.
Além disso, o órgão havia determinado diligências no contrato depois que a auditoria do TCU identificou relações suspeitas da empresa com outro contrato na mesma modalidade com o Governo do Acre.
No relatório, o TCU afirmou que a Sesau aderiu à Ata de Registro de Preços decorrente do pregão eletrônico ora sob exame. E celebrou o Contrato 745/2022 com a Medtrauma no valor de R$ 30.205.995,96, com a previsão de utilização de recursos federais, conforme consta no Diário Oficial.
No acre
O Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC) denunciou a empresa Medtrauma por suspeita de desviar dinheiro. O órgão cobrou da empresa a relação de todas as notas fiscais emitidas. Cobrou ainda as respectivas medições, notas de empenho e pagamentos no valor R$ 13 milhões.
Essa mesma empresa é investigada pela Polícia Civil de Mato Grosso. A estimativa é de um desvio de R$ 35 milhões com o esquema naquele estado.
Terceirização dos serviço de Ortopedia
Em fevereiro, residentes médicos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) enviaram denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) relatando sobre como a terceirização do serviço de Ortopedia poderia prejudicar a aprendizagem dos alunos.
Na época, o MPF solicitou ao reitor da UFRR, José Geraldo Ticianeli, que informasse como seria realizada a residência médica dos alunos. Além disso, pediu que esclarecesse se os profissionais não-vinculados ao HGR iriam avaliar os discentes.
Fonte: Da Redação