Família de paciente com tumor de 23 cm no abdômen volta a cobrar Sesau por cirurgia

Família de paciente com tumor de 23 cm no abdômen volta a cobrar Sesau por cirurgia
Foto: Arquivo Pessoal

A família da paciente Rozilene da Silva, de 54 anos, voltou a reclamar da demora para realização de uma cirurgia na mulher, que possui um tumor de 23 centímetros no abdômen. Em denúncia feita à imprensa em dezembro do ano passado, o tumor tinha 15 centímetros. Ou seja, agora, ele está com quase o dobro do tamanho.

Em publicação nas redes sociais, a família relata que após acompanhamento na Unidade de Oncologia do Estado (Unacon-RR), um especialista encaminhou Rozilene para cirurgia. A mulher chegou a ficar internada por alguns dias, mas recebeu alta.

Além disso, o tumor é agressivo e cresce rapidamente, resultando na necessidade do uso de morfina. A família destaca que o governador Antonio Denarium (Progressistas) chegou a ligar e prometer a cirurgia, o que não aconteceu até o momento.

“Ele nos ligou e prometeu que até o final desse mês, [a paciente] estaria operada. Inclusive, repassou toda a situação para o secretário adjunto da Sesau [Secretaria de Saúde]. O mesmo entrou em contato conosco e disse que agilizaria a cirurgia dela”, ressalta a publicação.

Sem repostas à paciente

Assim, a família da paciente conta ainda que, após o contato do governador, não recebeu mais informações sobre a cirurgia. Devido à gravidade da situação, a mulher não consegue mais se alimentar e nem andar sozinha.

“Tanto o governador quanto o secretário adjunto da Sesau sumiram. Não atendem, não respondem as mensagens e tampouco nossas solicitações. Atualmente o tumor está com 23 centímetros. [A paciente] não consegue mais se alimentar, não consegue andar sozinha, sente dores 24 horas por dia e até a água que toma, ela vomita, estando inclusive com a taxa de glicose baixíssima”, destacou.

Ainda conforme a família, atualmente, Rozilene está internada na sala de observação do Hospital Geral de Roraima (HGR), em uma poltrona destinada a acompanhantes dos pacientes da unidade. Ela chegou no local na noite desta quinta-feira (25), fez os exames de risco cirúrgico e agora aguarda pelo procedimento.

“Ontem, levamos ela ao hospital gritando de dor, onde solicitamos que ela fosse avaliada pelo médico dela. O mesmo a avaliou, constatou a gravidade da situação e solicitou a internação dela com o intuito de que consigam agilizar a cirurgia. Ela então está internada na sala de observação, em uma poltrona que é destinada para os acompanhantes, porque alegam não ter vaga nos blocos devido a superlotação”, pontuou.

Citada

O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para esclarecimentos. Por meio de nota, a Sesau disse que a paciente recebeu atendimento e foi medicada nas vezes que ficou internada no hospital. E que após passar por consulta médica em janeiro, ela continua recebendo acompanhamento por equipe multidisciplinar que vai definir o procedimento cirúrgico.

Por fim, ressaltou que a mulher enquanto aguarda a liberação do leito, está “em uma poltrona destinada aos pacientes em observação e não para acompanhantes”, no entanto, segue sendo assistida e medicada.

Fonte: Da Redação