Torcedores, jogadores e técnicos de 32 clubes têm compromisso marcado nesta segunda-feira (27): acompanhar atentamente ao sorteio da fase de grupos da CONMEBOL Libertadores. A cerimônia acontece a partir das 21h (de Brasília), em Luque, no Paraguai, com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.
Sete brasileiros estão no chaveamento. Flamengo (atual campeão), Athletico-PR (vice em 2022) e Palmeiras (campeão brasileiro) fazem parte do pote 1, que reúnem os cabeças-de-chave. Corinthians, Fluminense e Internacional estão no 2, enquanto o Atlético-MG integra o último grupo, após avançar nas fases prévias.
Pelo poderio econômico, é incontestável colocar os brasileiros, uns mais e outros menos, entre os grandes candidatos ao título. Desde 2018, com o River Plate, que um estrangeiro não ergue o troféu mais cobiçado da América. Mas o caminho para a conquista pode ser bem complicado ou mais ameno.
E é justamente por isso que o sorteio de logo mais é importante. Quais são as maiores ameaças que as bolinhas da Conmebol oferecem? E quem, apesar da tradição, já não mete mais o medo de outros tempos? Ou, tão importante quanto, quais clubes contam com a temida altitude que pode influenciar demais em uma partida?
O ESPN.com.br analisa os 25 possíveis rivais dos sete brasileiros e tenta apresentar qualidades, problemas e o que é preciso prestar atenção em cada um desses adversários. Veja abaixo um raio-X de cada equipe e cruze os dedos, porque tal time pode – ou não – entrar no seu caminho…
POTE 1
Após anos de muito sucesso com Marcelo Gallardo como técnico, o River Plate vive agora uma nova era, com o ex-zagueiro Martín Demichelis no comando. E ela não poderia ter começado melhor: além de manter a base forte da temporada passada, a equipe ganhou nomes de impacto como Nacho Fernández, que retornou após dois anos no Atlético-MG, e Salomón Rondón, atacante venezuelano que fez carreira na Premier League em clubes como Newcastle e Everton.
Atual líder do Campeonato Argentino, o River claramente desponta como um dos grandes oponentes aos brasileiros que sonham em levantar a Libertadores. E as notícias boas vão além do time: o Monumental de Núñez é agora o maior estádio da América do Sul, após a reforma que ampliou sua capacidade para 83 mil torcedores. Ou seja, ingredientes não faltam para “fugir” do time de Buenos Aires no sorteio. Dos brasileiros, é certo que Palmeiras, Flamengo e Athletico-PR não se preocupam com o rival agora. E os outros?
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Como se classificou: 2ª melhor campanha na tabela geral do Argentino em 2022
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Participações: 28
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Melhor campanha: campeão (1986, 1996, 2015 e 2018)
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Estádio: Monumental de Núñez (Buenos Aires)
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Técnico: Martin Demichelis
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Altitude: NÃO
Segundo maior campeão da história da Libertadores, com seis títulos e só um atrás do Independiente, o Boca Juniors sonha em voltar a conquistar o torneio, o que não acontece desde 2007. Mas a fase atual sinaliza que não será em 2023 que o desejo se realizará. Atual campeão nacional, os Xeneizes ainda não embalaram nesta temporada, a ponto do técnico Hugo Ibarra começar a ser cornetado por parte da torcida.
Um dos principais reforços foi Miguel Merentiel, que pouco rendeu no Palmeiras e chegou para disputar posição com Dario Benedetto, ídolo por causa da primeira passagem, mas que nos últimos tempos não tem conseguido render. Ao seu lado, o Boca tem a mística da Bombonera, um dos estádios mais temidos do continente, mas que nos últimos anos não tem sido o suficiente para o time obter sucesso. Cabeça-de-chave, é mais um que não cai no grupo de Palmeiras e Flamengo, mas pode pintar no caminho, por exemplo, do Corinthians, com quem duelou (e perdeu) em 2022.
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Como se classificou: campeão argentino em 2022
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Participações: 31
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Melhor campanha: campeão (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007)
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Estádio: Bombonera (Buenos Aires)
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Técnico: Hugo Ibarra
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Altitude: NÃO
Campeão uruguaio no último ano, quando contava com o ídolo Luis Suárez, atualmente no Grêmio, o Nacional é claramente o time mais forte do Uruguai. Só que algo que já foi quase uma garantia de sucesso, em décadas passadas quando o país era protagonista em torneios internacionais, agora não costuma ser suficiente para fazer um bom papel na Libertadores.
No elenco, o time tem nomes conhecidos, como os zagueiros Fabián Noguera e Diego Polenta, o goleiro Sergio Rochet, que disputou a última Copa do Mundo, e o experiente atacante Emmanuel Gigliotti, que, apesar dos 35 anos, sempre deixa seus golzinhos na competição. É mais um cabeça-de-chave, o que pode colocá-lo no caminho de Corinthians, Inter, Atlético-MG e Fluminense. Parece um rival que impõe mais respeito pela história, mas é melhor evitar o menosprezo…
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Como se classificou: campeão uruguaio de 2022
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Participações: 49
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Melhor campanha: campeão (1971, 1980 e 1988)
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Estádio: Gran Parque Central (Montevidéu)
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Técnico: Alejandro Lembo
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Altitude: NÃO
O terror dos times brasileiros. Apenas nos últimos anos, o Del Valle conseguiu vitórias marcantes contra Corinthians e Grêmio, venceu título da CONMEBOL Sudamericana sobre o São Paulo com imensa autoridade e ainda bateu o Flamengo nos pênaltis, pela decisão da CONMEBOL Recopa.
A conquista sobre o Tricolor, por sinal, faz do Del Valle um dos cabeças-de-chave do torneio. A fase recente, somada à altitude de mais de 2,8 mil metros de Quito, torna o Del Valle alguém para se evitar na fase de grupos. No elenco, os destaques são Lautaro Díaz, Lorenzo Favarelli, Júnior Sornoza (ex-Corinthians e Fluminense) e o experiente Cristian Pellerano, que aos 41 anos continua sendo o grande líder da equipe.
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Como se classificou: campeão da Sul-Americana de 2022
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Participações: 8
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Melhor campanha: vice-campeão (2016)
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Estádio: Banco Guayaquil (Guayaquil)
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Técnico: Martín Anselmi
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Altitude: NÃO
Tricampeão da Libertadores, o Olímpia é outro dos cabeças-de-chave que não chega a assustar. Atualmente comandado por Diego Aguirre, que passou por São Paulo, Internacional e Atlético-MG, o time paraguaio tem como jogador mais conhecido Derlis González, atacante que defendeu o Santos.
No ano passado, surpreendeu o Fluminense, vencendo o time carioca na fase prévia da Libertadores e se garantindo na fase de grupos. Agora, o desempenho vai depender bastante do chaveamento que conseguirá no sorteio.
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Como se classificou: campeão do Clausura do Paraguai em 2022
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Participações: 44
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Melhor campanha: campeão (1979, 1990 e 2002)
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Estádio: Manuel Ferreira (Assunção)
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Técnico: Juan Verzeri
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Altitude: NÃO
POTE 2
Presença constante na Libertadores, a ponto de só ficar fora de duas edições nos últimos 20 anos, o Libertad integra o pote 2, o mesmo de Inter, Fluminense e Corinthians. Assim, tem chance de ser sorteado para acompanhar Palmeiras, Flamengo e Athletico-PR logo de cara.
Se for o caso, todo cuidado é pouco, ainda que o elenco não inspire temores. Martín Silva (ex-Vasco), Iván Piris (ex-São Paulo) e a interminável dupla Óscar Cardozo e Roque Santa Cruz são as caras mais conhecidas da equipe, que lidera o Apertura no Paraguai com seis vitórias em oito rodadas.
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Como se classificou: campeão do Apertura do Paraguai em 2022
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Participações: 21
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Melhor campanha: semifinal (2006)
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Estádio: Dr. Nicolás Leoz (Assunção)
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Técnico: Daniel Garnero
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Altitude: NÃO
Campeão pela última vez em 2016, superando o São Paulo na semifinal, o Atlético Nacional conta com uma pitada brasileira para voltar a fazer bonito na América: Paulo Autuori, técnico que já venceu o torneio por Cruzeiro e pelo próprio São Paulo, aceitou o desafio de dirigir a equipe colombiana após anos trabalhando como dirigente no Brasil.
O trabalho começou para valer neste ano e apresenta só uma derrota em dez jogos na liga nacional, embora o time tenha empatado mais vezes (cinco) do que vencido (quatro). A dificuldade no próprio país não anima para a Libertadores, onde não vai além da fase de grupos desde 2018.
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Como se classificou: campeão do Apertura da Colômbia em 2022
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Participações: 23
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Melhor campanha: campeão (1989 e 2016)
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Estádio: Atanasio Girardot (Medellín)
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Técnico: Paulo Autuori
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Altitude: 1.495 m
O Barcelona de Guayaquil vive uma situação curiosa: apesar de ser de um país com cidades com grandes altitudes, manda seus jogos em um local de risíveis 4 metros acima do nível do ar, o que não aterroriza quem o visita para jogos da Libertadores. Pode pintar no caminho de Palmeiras e Flamengo, que o eliminou na semifinal de 2021.
Seu técnico é Fabián Bustos, de passagem curta pelo futebol brasileiro, onde dirigiu o Santos. O clube chega à Libertadores como vice-campeão do Equador e com mais derrotas (duas) do que vitórias (uma) na temporada atual. Nenhum predicado que seja um impeditivo para os favoritos.
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Como se classificou: vice-campeão equatoriano em 2022
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Participações: 28
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Melhor campanha: vice-campeão (1990 e 1998)
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Estádio: Monumental Banco Pichincha (Guayaquil)
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Técnico: Fabián Bustos
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Altitude: NÃO
O Racing ficou muito perto de ser campeão argentino na última temporada. No início desse ano, o time comandado pelo ex-volante Fernando Gago “se vingou” do Boca ao conquistar a Supercopa, em disputa que aconteceu em Abu Dhabi. Apesar dos bons números, ainda parece pouco para que a “Academia” faça frente aos times mais fortes do continente, principalmente os brasileiros, pelo alto poder de investimento.
O que ilustra isso é o nível das contratações para 2023, em lista que inclui o peruano Paolo Guerrero, que fez muito sucesso no Brasil, principalmente no Corinthians, onde marcou o gol do título mundial de 2012, mas que agora, aos 39 anos, claramente já não é o mesmo. Outros do elenco do Racing que passaram pelo Brasil, mas não deixaram saudades em torcedores de Santos e São Paulo, respectivamente, são Emiliano Vecchio e Jonathan Gómez. Não é cabeça-de-chave, então, dependendo do grupo que cair, pode sonhar mais.
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Como se classificou: melhor colocado na tabela geral do Argentino em 2022
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Participações: 11
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Melhor campanha: campeão (1967)
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Estádio: Presidente Perón (Avellaneda)
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Técnico: Fernando Gago
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Altitude: NÃO
Oitavo colocado na liga do Chile, com uma campanha de três vitórias, dois empates e três derrotas, o Colo Colo é mais um da lista de campeões do passado, mas que não impõe mais problemas há muito tempo quando o assunto é brigar por título. A melhor campanha recente aconteceu em 2018, ao chegar às quartas de final.
Em campo, o elenco do técnico boliviano Gustavo Quinteros tem um time que mescla jovens recém-saídos das categorias de base com jogadores mais experientes. O mais velho é o atacante Leandro Benegas, argentino de 34 anos que surgiu na base do River Plate e atuou também no Independiente.
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Como se classificou: campeão chileno em 2022
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Participações: 35
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Melhor campanha: campeão (1991)
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Estádio: Monumental David Arellano (Santiago)
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Técnico: Gustavo Quinteros
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Altitude: NÃO
POTE 3
A temida altitude de La Paz, que supera os 3,6 mil metros acima do mar, estará presente mais uma vez na Libertadores, já que o Bolívar é, de novo, um dos representantes do país no maior torneio de clubes da América. A equipe era comandada até alguns meses por Antônio Carlos Zago, ex-zagueiro brasileiro de muito sucesso na Europa e que venceu o Apertura da Bolívia em 2022.
Agora com o espanhol Beñat San José como treinador, o time, que faz parte do Grupo City como o Bahia, tem em seu elenco jogadores famosos do público brasileiro: o argentino Patito Rodríguez, argentino que teve uma breve passagem pelo Santos, e Gabriel Poveda, artilheiro da última Série B com a camisa do Sampaio Corrêa. Mas é certo dizer que a altitude segue sendo a grande arma da equipe, por isso é bom não tê-la tão cedo pela frente.
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Como se classificou: campeão do Apertura da Bolívia em 2022
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Participações: 36
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Melhor campanha: semifinal (2014)
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Estádio: Hernando Siles (La Paz)
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Técnico: Beñat San José
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Altitude: 3.625 m
Grande rival local do Bolívar, o The Strongest também estará na Libertadores e, assim como o rival, deve ser evitado pelos brasileiros por causa da altitude de La Paz. Os dois jogam no mesmo estádio e, portanto, na mesma altura que aterroriza adversários.
A equipe amarela e preta também é comandada por um espanhol: Ismael Rescalvo, que tenta uma mescla entre jogadores muito jovens, com outros bem experientes, casos do uruguaio Junior Arias, com longa passagem no futebol argentino, e do colombiano Michael Ortega, que passou por Figueirense no Brasil. Não entra como força na fase de grupos, mas a altitude sem dúvida preocupa.
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Como se classificou: melhor colocado na tabela geral da Bolívia em 2022
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Participações: 28
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Melhor campanha: oitavas de final (1990, 1994, 2014 e 2017)
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Estádio: Hernando Siles (La Paz)
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Técnico: Ismael Rescalvo
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Altitude: 3.625 m
Sediado na belíssima cidade de Arequipa, o Melgar se consolida cada vez mais como um dos grandes times do Peru. Em 2023, o clube vai para a sétima participação na Libertadores, com a mesma receita de outros anos: apostar tudo nos jogos como mandante, onde conta com uma altitude pouco acima de 2,3 mil metros.
O destaque em campo segue Bernardo Cuesta, atacante nascido na Argentina e que, em sua quarta passagem desde 2021, é ídolo da torcida e capitão. O comando da equipe agora é de Mariano Soso, argentino com experiência no futebol peruano, que assumiu o cargo na última semana e tem o desafio de colocar a equipe pela primeira vez no mata-mata. O histórico não permite otimismo.
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Como se classificou: vice-campeão peruano em 2022
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Participações: 6
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Melhor campanha: fase de grupos (1982, 1984, 2016, 2017 e 2019)
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Estádio: Monumental de la UNSA (Arequipa)
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Técnico: Mariano Soso
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Altitude: 2.335 m
Clube mais popular do Peru, o Alianza Lima tem nada menos do que 25 títulos locais, mas ainda busca obter sucesso na Libertadores, onde acumula um desempenho sofrível: não vence uma partida desde março de 2012. Não à toa, é constantemente eliminado como lanterna em seus grupos. Sua última participação em oitavas aconteceu em 2010.
Para este ano, a receita é a aposta em jogadores bem famosos na América do Sul. Além do argentino Hernán Barcos, que jogou por Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro no Brasil, o time recentemente repatriou Carlos Zambrano, que estava no Boca, além do ex-São Paulo e Santos Christian Cueva, que, ao mesmo tempo em que é talentoso, arruma confusões e polêmicas fora dos gramados.
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Como se classificou: campeão peruano em 2022
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Participações: 28
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Melhor campanha: oitavas de final (2010)
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Estádio: Alejandro Villanueva (Lima)
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Técnico: Guillermo Salas
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Altitude: NÃO
Mais um time argentino que também é comandado por alguém da nova geração que brilhou nos gramados do mundo afora: Gabriel Milito. O ex-zagueiro do Barcelona já está em seu quinto trabalho como treinador e finalmente consegue uma sequência. No clube desde 2021, ele surpreendeu ao levar o Argentinos Juniors à Libertadores com um elenco pouco estrelado.
Até o ano passado, a principal referência dentro de campo era Fausto Vera, atualmente no Corinthians. Quem assumiu sua posição foi Federico Redondo, filho do lendário Fernando Redondo, ex-Real Madrid e Milan. No ataque, a responsabilidade de fazer gols é de Facundo Ferreyra, que chegou recentemente após longa passagem pela Europa, atuando em Shakhtar Donetsk, Newcastle e Benfica. Tem boa chance de cair no caminho de algum brasileiro, então não custa olhar com mais atenção.
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Como se classificou: terceira melhor campanha geral na Argentina em 2022
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Participações: 4
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Melhor campanha: campeão (1985)
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Estádio: Diego Armando Maradona (Buenos Aires)
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Técnico: Gabriel Milito
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Altitude: NÃO
Com pouco mais de dez anos desde a sua fundação, o Metropolitanos vai para sua estreia na Libertadores. E chega com muita esperança e expectativa, depois de fazer história e conquistar seu primeiro título nacional na temporada passada.
O elenco é basicamente formado por atletas bastante jovens e em sua maioria venezuelanos. A grande aposta está na sequência de trabalho do técnico José María Morr, no clube desde 2019. Um dos únicos veteranos é o centroavante Charlis Ortíz, de 36 anos, e uma das referências do futebol local.
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Como se classificou: campeão venezuelano em 2022
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Participações: nunca jogou
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Melhor campanha: estreante
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Estádio: Olímpico de la Ciudad Universitaria (Caracas)
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Técnico: José María Morr
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Altitude: NÃO
Depois de um longo tempo de decadência, o Aucas, que outrora pertenceu à multinacional Shell, deu a volta por cima em 2022, ao se tornar campeão equatoriano depois de muitos anos sofrendo em divisões inferiores do país. O título permite a primeira participação de sua história na Libertadores.
Para a disputa do torneio, o time se reforçou com o experiente goleiro Hernán Galíndez, que disputou a Copa do Mundo com a seleção do Equador, e o atacante Jhon Cifuente, jogador mais valioso do elenco, que chegou depois de passagem pelo Barcelona de Guayaquil. No comando está César Farías, venezuelano que dirigiu a seleção do país por muito tempo.
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Como se classificou: campeão equatoriano de 2022
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Participações: nunca jogou
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Melhor campanha: estreante
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Estádio: Gonzalo Pozo Ripalda (Quito)
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Técnico: César Farías
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Altitude: 2.850 m
Outro representante da Venezuela na Libertadores, o Monagas, sediado na cidade de Maturín, foi vice-campeão do país em 2022. Na última edição da Libertadores, caiu ainda nas fases prévias, o que motivou a diretoria a investir mais. Para este ano, são 12 novos reforços no elenco, sendo quatro deles do Panamá.
O grande cérebro do time segue sendo o camisa 10 Edanyilber Navas, de apenas 23 anos, e a experiência fica por conta do lateral Óscar González, de 31 anos, que é o capitão do time. Não é dos rivais mais temidos para os brasileiros ou quem deseja um rival mais tranquilo na fase de grupos.
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Como se classificou: vice-campeão venezuelano em 2022
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Participações: 2
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Melhor campanha: fase de grupos (2018)
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Estádio: Monumental de Maturín (Maturín)
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Técnico: Jhonny Ferreira
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Altitude: NÃO
POTE 4
Campeão do Apertura em 2022 e da Supercopa Uruguaia em 2023, o Liverpool está cada vez mais consolidado no cenário local e soma participações frequentes em competições continentais. Tem histórico de enfrentamentos com brasileiros: chegou a empatar com o Grêmio na Libertadores de 2011, venceu o Fluminense na Sudamericana de 2017 e eliminou o Bahia no mesmo torneio dois anos depois.
Em campo, o grande destaque é o volante Fabricio Díaz, que brilhou no Sul-Americano sub-20 e foi especulado em Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Internacional. Ao menos por enquanto, segue no Liverpool e terá chance de brilhar na Libertadores. O atacante Luciano Rodríguez é outra promessa do futebol uruguaio.
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Como se classificou: vice-campeão uruguaio em 2022
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Participações: 2
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Melhor campanha: fase prévia (2011 e 2021)
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Estádio: Belvedere (Montevidéu)
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Técnico: Jorge Bava
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Altitude: NÃO
O Deportivo Pereira surpreendeu a todos ao se tornar campeão colombiano pela primeira vez em sua história no final de 2022, superando o Independiente Medellín nos pênaltis. Porém, para disputar sua primeira Libertadores, o time passou por uma grande reformulação, perdendo inclusive o goleiro Harlen Castillo, grande herói do título nacional.
Para 2023, chegaram nada menos do que 23 jogadores e a grande esperança é que o técnico Alejandro Restrepo, remanescente do ano passado, consiga fazer com que eles se entrosem para tentar surpreender na Libertadores. Se não assusta pela falta de tradição, a viagem até lá promete ser complexa. A cidade de Pereira fica entre Bogotá, Cali e Medellín, o que fatalmente forçará uma viagem de ao menos duas pernas. Quem enfrentá-los precisará de superação física.
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Como se classificou: campeão do Finalización da Colômbia em 2022
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Participações: nunca jogou
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Melhor campanha: estreante
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Estádio: Hernán Ramírez Villegas (Pereira)
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Técnico: Alejandro Restrepo
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Altitude: 1.411 m
Mais um dos estreantes na Libertadores é o Ñublense, que representará o futebol chileno após o segundo lugar no campeonato local em 2022. O grande ídolo da torcida é o técnico Jaime García, que está no clube desde 2019 e conduziu o acesso para a primeira divisão, em 2020, além de levar a equipe ao maior torneio de clubes da América.
Dentro de campo, as referências são o lateral Jovany Campusano, capitão do time, e o atacante Patricio Rubio, artilheiro que chegou depois de passagem pela Universidad do Chile e teve ótimos números na campanha do ano passado. Manda seus jogos na cidade de Chillán, a 400 km de Santiago, e não pinta como adversário complexo na fase de grupos.
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Como se classificou: vice-campeão chileno em 2022
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Participações: estreante
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Melhor campanha: nunca jogou
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Estádio: Nelson Oyarzún (Chillán)
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Técnico: Jaime García
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Altitude: NÃO
Rebaixado no Campeonato Argentino, o Patronato surpreendeu a todos ao conquistar a Copa da Argentina e assim garantir sua presença na Libertadores pela primeira vez na história. Muito por conta da queda de divisão, os reforços para a temporada são modestos, o que dificulta ainda mais sua participação no torneio.
É a única equipe argentina no pote 4 da Libertadores e, por isso, só não pode enfrentar um brasileiro: o Atlético-MG, que entrou nesse chaveamento por disputar a fase prévia. Se cair no caminho de outra equipe do país, a tendência é que não imponha problemas tão grandes. Tudo indica que, em sua primeira vez na Libertadores, o Patronato será apenas coadjuvante.
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Como se classificou: campeão da Copa Argentina em 2022
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Participações: estreante
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Melhor campanha: nunca jogou
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Estádio: Presbítero Bartolomé Grella (Paraná)
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Técnico: Walter Otta
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Altitude: NÃO
A classificação do Sporting Cristal à fase de grupos da Libertadores foi com muita emoção, após vitória com gol nos acréscimos sobre o Huracán, no último dia 16. A vaga foi a primeira grande conquista do time desde que o brasileiro Tiago Nunes assumiu o comando. O treinador, campeão da Copa do Brasil pelo Athletico-PR e que também passou por Corinthians e Grêmio, aceitou o desafio de assumir o popular time peruano e levou dois velhos conhecidos, o zagueiro Ignácio, ex-Bahia, e o atacante Brenner, com passagens em Inter, Botafogo e que estava no Ituano.
A grande referência dentro de campo é o experiente Yoshimar Yotún, titular da seleção peruana há muitos anos, o meia uruguaio Leandro Sosa e também o “herói local” Írven Ávila, autor do gol que garantiu a classificação. Tem um vice-campeonato na história, em 1997, mas não costuma ser dos rivais mais complicados quando cruza com os brasileiros. Nos dois últimos anos, em 2021 e 2022, impôs mínima dificuldade para São Paulo e Flamengo nos grupos.
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Como se classificou: terceiro colocado do Peruano em 2022
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Participações: 38
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Melhor campanha: vice-campeão (1997)
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Estádio: Alberto Gallardo (Lima)
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Técnico: Tiago Nunes
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Altitude: NÃO
Algoz do Fortaleza na última fase prévia, o Cerro Porteño chega com moral na fase de grupos, ao vencer o time brasileiro duas vezes. Os grandes nomes do time são velhos conhecidos do torcedor brasileiro, como o goleiro Jean (ex-São Paulo, Bahia e Atlético-GO), o zagueiro Eduardo Brock, contratado recentemente do Cruzeiro, o volante Piris da Motta, que passou pelo Flamengo, além dos atacantes Diego Churín, ex-Grêmio, e Marcelo Moreno, ídolo do Cruzeiro.
Outro nome conhecido do elenco cheio de jogadores experientes é Fernando Fernández, algoz do Corinthians quando jogava pelo Guaraní do Paraguai. O treinador é o argentino Facundo Sava, que como jogador passou por Boca Juniors, Fulham e Celta de Vigo. Pode incomodar, como mostrou contra o Fortaleza de Vojvoda, mas está longe de ser uma ameaça ao título.
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Como se classificou: melhor campanha geral no Paraguai em 2022
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Participações: 44
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Melhor campanha: semifinais (1993, 1998, 1999 e 2011)
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Estádio: General Pablo Rojas (Assunção)
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Técnico: Facundo Sava
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Altitude: NÃO
Vice-campeão colombiano no último ano, o Independiente Medellín precisou passar pelas fases prévias para se garantir na fase de grupos, eliminando o El Nacional (Equador) e o Magallanes (Chile). Vive sua 8ª participação na Libertadores, a primeira desde 2017, e portanto conhece o que o torneio oferece.
Para 2023, o time contratou o experiente Andrés Ibarguen, que já atuou pela seleção colombiana e passou por Tolima, Atlético Nacional, Racing (Argentina), além dos mexicanos América e Santos Laguna. Um dos únicos estrangeiros do elenco é o argentino Luciano Pons, com passagem pelo Banfield.
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Como se classificou: melhor pontuação geral na Colômbia em 2022
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Participações: 10
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Melhor campanha: semifinais (2003)
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Estádio: Atanasio Girardot (Medellín)
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Técnico: David González
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Altitude: 1.495 m