Barragem em Brumadinho se rompeu por liquefação, diz estudo

Imagem do momento em que a barragem B1, da Vale, se rompeu em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo
Imagem do momento em que a barragem B1, da Vale, se rompeu em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo

Um estudo técnico contratado por um escritório de advocacia que atende a Vale confirmou que a causa do rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho foi “liquefação”, que é quando um material sólido passa a comportar como fluido. O laudo foi divulgado nesta quinta-feira (12).

A barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, se rompeu em 25 de janeiro e vitimou 270 pessoas. Peritos já identificaram 257 mortos. Outras 13 pessoas ainda estão desaparecidas.

O fenômeno é explicado no relatório como “perda de resistência significativa e repentina” e aponta que os rejeitos e outros materiais que estava na barragem apresentavam “comportamento frágil”. Isso significa que o fluxo de água presente nesse material exerce uma força que anula o peso e a aderência de suas partículas, fazendo com que elas fiquem soltas.

Seis dias após a tragédia, o subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de Minas, Hildebrando Neto, disse que tudo indicava que o rompimento da estrutura poderia ter sido causado por liquefação, que foi o mesmo fenômeno causador do colapso da barragem da Samarco em Mariana, em 2015.

O relatório ainda apontou vários “gatilhos” que podem ter contribuído para a desestabilização da barragem.

Informações: G1