Roraima, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins: essas 13 unidades federativas, além de sofrerem com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, enfrentam os impactos de possíveis atos de corrupção e crimes contra a administração pública praticados com o dinheiro que deveria servir para combater a crise decorrente da Covid-19.
Acusações de fraudes em compras de respiradores, irregularidades em construção de hospitais de campanha, superfaturamentos e até desvio de máscaras — equipamento básico de proteção a médicos e enfermeiros — têm feito com que autoridades públicas, de técnicos das secretarias de Saúde a secretários e governadores, sejam investigadas em boa parte do país. Golpes em licitações e superfaturamento são os principais crimes apurados.
Juntos, e se comprovados, os casos podem ter tirado até R$ 857 milhões do combate ao novo coronavírus. As situações são investigadas pelas polícias Federal e estaduais e integrantes dos ministérios públicos estaduais e federal. Quase metade dos entes federativos têm diligências em andamento, que passam por prefeituras e órgãos estaduais e chegam aos executivos locais.
Valores investigados em possíveis desvios de recursos:
R$ 6,4 milhões – Roraima
R$ 689 mil – Amapá
R$ 2,9 milhões – Amazonas
R$ 49 milhões – Bahia
R$ 25,4 milhões – Ceará
R$ 125 milhões – DF (sendo R$ 79 milhões nas obras de hospital de campanha
e R$ 46 milhões em sobrepreço de materiais)
R$ 4,1 milhões – Mato Grosso
R$ 50,4 milhões – Pará
R$ 580 mil – Paraíba
R$ 9,9 milhões – Rio de Janeiro
R$ 33 milhões – Santa Catarina
R$ 550 milhões – São Paulo
R$ 420 mil – Tocantins
Informações: Metrópoles – Foto: Rafaela Felicciano