Roraima teve 16 pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão em 2019

Roraima registrou o resgaste de 16 pessoas em situações de trabalho análogas à escravidão entre janeiro e dezembro do ano passado. Os dados são do Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), divulgados nessa terça-feira (28) pelo Ministério da Economia, marcando o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado ontem.

Conforme o levantamento, três operações de combate ao trabalho escravo foram realizadas em Roraima em 2019. Nas ações, 16 trabalhadores foram resgatados, sendo três venezuelanos. Além disso, durante as fiscalizações 94 pessoas tiveram contrato de trabalho formalizado.

Segundo a pesquisa, 15 casos foram registrados em Roraima no ano de 2018, apenas um caso a menos que em 2019. Na somatória dos último cinco anos, 65 pessoas já foram resgatas de trabalho análogo à escravidão.

O estado foi um dos focos das operações de combate ao trabalho escravo devido, principalmente, o grande número de imigrantes venezuelanos que têm atravessado a fronteira para o Brasil em situação de extrema vulnerabilidade.

NACIONAL

De acordo com os dados do Radar, em 111 dos 267 estabelecimentos fiscalizados em 2019, houve a caracterização da existência de trabalho análogo à escravidão com mais de 1 mil pessoas resgatadas.

O meio rural concentrou o maior número de registros, com 87% dos casos: produção de carvão vegetal (121); cultivo de café (106); criação de bovinos para corte (95); comércio varejista (79); cultivo de milho (67).

Trabalho escravo urbano também fez 120 vítimas, a maior parte na confecção de roupas (35). Também houve registros na construção civil (18), em serviços domésticos (14), construção de rodovias (12) e serviços ambulantes (11).

Minas Gerais foi o estado com mais fiscalizações (45 ações), onde foram encontrados mais trabalhadores em condição análoga ao de escravo (468). São Paulo e Pará tiveram 25 ações fiscais, cada um, sendo que em São Paulo foram resgatados 91 trabalhadores e no Pará, 66.

O maior flagrante em um único estabelecimento foi no Distrito Federal, onde 79 pessoas estavam trabalhando em condições degradantes para uma seita religiosa.

Informações: Roraima em Tempo – Foto: Divulgação