TRE julga improcedente representação contra Betânia Medeiros

O pleno do TRE entendeu que as provas não eram suficientes para comprovar a acusação contra a deputada (Foto: Supecom/ALE)
O pleno do TRE entendeu que as provas não eram suficientes para comprovar a acusação contra a deputada (Foto: Supecom/ALE)

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu julgar improcedente a representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a deputada estadual Betânia Medeiros (PV). A decisão ainda cabe recurso.

A sessão plenária iniciou na tarde de quarta-feira, 16, por volta das 15h30, com a presença do desembargador Jefferson Fernandes, presidente do TRE-RR; o relator, desembargador Leonardo Cupello; e os juízes Alexandre Magno Magalhães; Graciete Sotto Mayor Ribeiro e Luzia Farias da Silva Mendonça.

Os membros decidiram votar unânimes com o relator Leonardo Cupello, que entendeu que as provas apresentadas não eram suficientes para comprovar a acusação de compra de votos e cassação de mandato.

No caso, as denúncias foram protocoladas no portal do Ministério Público. Foram utilizadas imagens de conversas feitas no WhatssApp, onde supostamente mostravam um grupo de coordenadores da deputada e que, em determinado momento, teriam discutido suposto pagamento ilícito através do uso de gírias que indicavam possibilidade de boca de urna.

A defesa defendeu que as conversas em aplicativos de mensagens poderiam ser facilmente adulteradas, portanto não poderiam ser consideradas como provas de irregularidades e ressaltou que as sete testemunhas ouvidas, tanto os escolhidos pelo representado quanto pelo representante, negaram qualquer tipo de recebimento ilícito ou envolvimento da parlamentar.

O entendimento geral foi que não havia provas contra a deputada, ressaltando que a mesma não pertencia ao grupo de coordenadores em questão e nem demonstrava sinal de que teria participado de entrega de valores a possíveis eleitores.

Após o resultado da decisão, a deputada publicou mensagens de agradecimento, sem citar a representação. “Ninguém vence uma mulher de oração, obediente a pai e mãe, arrimo de família, que tem o coração do tamanho do universo, não deseja nem faz o mal a ninguém e principalmente que tem um chamado de Deus para ser benção na vida de muitos”, declarou a parlamentar.

Informações: Folha de Boa Vista