A família do jovem Wilismar Oliveira dos Reis, de 26 anos, denunciou nesta segunda-feira (7) que precisou pagar R$ 650 por uma tomografia em um hospital particular de Boa Vista. O exame, que deveria ter sido feito no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde o jovem está internado, não foi realizado porque o aparelho está quebrado.
Maior hospital de Roraima e única unidade pública para casos de doenças graves, o HGR é administrado pelo governo. O jovem, que é jogador de futebol amador, deu entrada no HGR após ser agredido próximo a um bar, no município do Cantá, no Norte de Roraima, na madrugada deste domingo (6).
Wilismar foi atingido com pancadas na cabeça e precisou receber seis pontos na testa, relatou Silvana Reis, irmã dele. Um amigo do jovem também foi ferido com uma garrafa e teve o olho perfurado por pedaços de vidro. Ele também já passou por cirurgia.
Uma irmã de Wilismar contou que os dois amigos foram até o bar para comprar bebida alcoólica, quando um grupo, que já estava no local, iniciou uma confusão generalizada. As vítimas tentaram fugir, mas foram pegos e agredidos.
“Ele foi levado pelo Samu do Cantá [para o HGR]. No domingo de manhã fez a tomografia. Esse exame só foi feito por que a família teve ajuda de amigos também”, disse a irmã. Silvana afirmou que os médicos informaram que, em razão de o jovem ainda estar muito agitado, ele terá de fazer uma nova tomrografia.
Procurada, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que o tomógrafo do HGR foi encaminhado para conserto e que, nesta semana, deve ser inaugurado um novo aparelho, “de tecnologia avançada, com 16 canais e 16 cortes, que garantirá maior capacidade para atendimento da demanda atual, podendo realizar até 50 exames por dia”.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso será investigado para identificação dos autores e as devidas providências legais.
Informações: G1 Roraima – Foto: Divulgação