RORAINÓPOLIS: Servidor denuncia falta de medicamentos em hospital gerido pelo Governo de RR

Segundo o denunciante, remédio está em falta há mais de um mês na unidade (Foto: SecomRR)

Um servidor do Hospital Regional Sul Ottomar de Souza Pinto, no município de Rorainópolis, no Sul de Roraima, procurou a reportagem neste domingo (4) para denunciar a falta do medicamento oxitocina para auxiliar na indução do parto de gestantes na unidade.

Conforme o denunciante, que não será identificado, há dois obstetras e um pediatra no Hospital que realizam de 80 a 90 partos mensais na região. Entretanto, com o remédio em falta há mais de um mês no local, as pacientes são encaminhadas para a Maternidade em Boa Vista.

“Temos uma equipe ótima para realizar tudo por aqui, mas não há medicamento para atender a demanda”, denunciou.

O servidor sintetizou que o medicamento também está em falta da Maternidade da capital e aguarda respostas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

“Estamos encaminhando para Boa vista e lá também nem tem o medicamento. E só resolvem quando tem denúncia, essa é nossa única opção, pois não resolvem nada!”, criticou.

OUTRAS DENÚNCIAS

No dia 2 de março deste ano, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) denunciou que os serviços tinham sido paralisados no hospital de Rorainópolis devido ao rompimento do contrato com a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras). Após a denúncia, a Justiça mandou que a Sesau providenciasse médicos, mas a ordem não foi cumprida.

À época, o ministério pediu aplicação de multas ao secretário e ao Governo de Roraima. No dia 26 de março, a juíza Rafaelly Lampert acatou a solicitação e multou em R$ 7,5 mil Marcelo Lopes e R$ 5 mil do governo.

Já no dia 30 do mesmo mês, o desembargador Mozarildo Cavalcanti, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), suspendeu, em parte, a liminar que determinava a recomposição de médicos no Hospital Regional Sul Ottomar de Souza Pinto, em Rorainópolis. Com isso, o Governo Estadual tem 30 dias para providenciar os profissionais.

CITADA

A Sesau informou, por meio de nota, que não obteve êxito na aquisição do medicamento por meio do processo anual. Entretanto, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF) já está fazendo requisições administrativas e que o abastecimento das unidades está sendo feito por empresas locais.

A pasta completa afirmando que já foi realizada compra do medicamento por meio de pregão eletrônico, e que a CGAF aguarda a chegada dos lotes a ser fornecido por empresas de outros Estados.

Informações: Roraima em Tempo