Hospital de Mucajaí sofre com falta de médicos e alimentação para pacientes

Unidade não tem profissionais suficientes para atender população (Foto: Secom/Roraima)

O Hospital Estadual Vereador José Guedes Catão, em Mucajaí, região Sul de Roraima, está sem médicos para completar a escala de plantões, e sem alimentação adequada para pacientes. A situação foi retratada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Joelson Costa (PL), nesse domingo (11).

No vídeo, o vereador explica que a unidade estava sem médicos de plantão, somente com enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Como consequência, moradores do município que dependem do hospital para pronto atendimento são obrigados a percorrerem mais de 50 quilômetros até Boa Vista.

Uma paciente chegou a prestar um breve depoimento nas imagens sobre a surpresa que sentiu ao se deparar com a falta de profissionais. “Vim de Vila da Penha [no interior de Mucajaí] para ser atendida. O pessoal da ambulância me trouxe e depois me falaram que não tem médico. Como o pessoal nos tra para cá se não tem médico?”, questiona.

Investigação da Polícia Civil revelou envolvimento da empresa em esquema de corrupção através de superfaturamento de licitações. O inquérito afirma que cerca de R$ 30 milhões foram desviados em cinco anos.

Na época em que o secretário da Saúde, Marcelo Lopes, anunciou o rompimento do contrato, explicou que médicos seriam contratados de forma direta, por meio de processos seletivos. Houve, entretanto, pouca adesão de profissionais, o que gerou a falta de médicos em unidades estaduais no interior do estado.

Em entrevista à reportagem nesta segunda-feira (12), Joelson Costa relatou que reclamações sobre o hospital se tornaram cada vez mais constantes de janeiro até agora. “Segundo a diretora da unidade, seriam necessários seis médicos para manter o hospital em pleno funcionamento. A unidade está com dois, que são clínicos gerais, e um que faz exames de ultrassom”, revelou.

Costa também disse que pessoas internadas na unidade reclamam da falta de alimentos que deveriam ser servidos. “Me deparei com duas pessoas internadas. E elas estavam comendo somente arroz com feijão. A diretoria da unidade me mostrou, inclusive, ofícios e documentos que foram mandados até a Sesau relatando os problemas da unidade e que nunca foram respondidos. A secretaria não consegue repassar de forma concreta o que está acontecendo”, lamentou.

Informações: Roraima em Tempo