Esposa de Jalser, Cinthya Gadelha, também é alvo de operações policiais

Além do deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Jalser Renier, segundo o Ministério Público de Roraima, Cinthya Gadelha Cristino Pontes Thomé (esposa de Jalser Renier); Vanila Wanderley Gadelha; Carlos Olímpio; Elísia Martins e Anacleto Martins, além das empresas C.V. Derivados de Petróleo – Auto Posto Princesa Isabel e Martins e Padilha Serviços Ltda, são alvos das operações desta quarta-feira, 2, em Boa Vista.

A ação, chamada de Royal Flush, investiga crimes de fraudes em processos licitatórios, contratos administrativos, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de Justiça em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional (FN).

São cumpridos nove mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens na residência particulçar de Jalser e na Assembleia Legislativa. A decisão foi proferida pelo magistrado Luiz Fernando Castanheira Mallet, do Tribunal de Justiça de Roraima.

Em nota, a Superintendência de Comunicação da Ale-RR informou que “atendeu ao cumprimento de decisão judicial de busca e apreensão de documentos relacionados a processos administrativos”, mas que a documentação data de 2013 a 2014 e que já estava em posse do MPRR “desde meados de 2016”.

Investigações

Conforme o MPRR, a operação Royal Flush – nome que faz alusão ao jogo de poker – está relacionada a outra operação já feita no Legislativo, a Cartas Marcadas que levou à condenação de 10 pessoas, incluindo ex-servidores da Ale-RR.

No decorrer das investigações foram coletados indícios de pagamentos irregulares ao parlamentar. A suspeita foi levantada a partir de delação premiada e apreensão de documentos.

“A partir de então foram realizadas diligências complementares, bem como postuladas medidas cautelares da quebra de sigilo bancário e fiscal pelo MPRR, que apontaram movimentações financeiras atípicas por parte do deputado estadual e demais investigados”, diz comunicado do MPRR à imprensa.

Ainda conforme o MPRR, Jalser também é investigado pela prática do crime de obstrução de Justiça, uma vez que ele “buscou informações nos órgãos de controle sobre a existência de eventual mandando de prisão expedido contra ele”.