Ainda sobre os desdobramentos da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) contra o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), Jalser Renier e outras 16 pessoas, foram identificados 339 imóveis registrados no nome do funcionário do gabinete de Jalser, Carlos Olímpio Melo da Silva.
Segundo o MP, Jalser utiliza várias pessoas como laranjas/operadores financeiros, dentre eles, Carlos Olímpio e a própria esposa Cinthya Gadelha Padilha:
O Ministério Público também afirmou que os denunciados ocultavam recursos desviados com a aquisição, em espécie, de bens luxuosos. “Nesse ponto, vale destacar somente em carros, óculos de sol, joias, relógios e bolsas, JALSER RENIER e CINTHYA GADELHA ostentavam patrimônio superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)”.
O MP concluiu que “até o momento restou comprovado que o papel de CINTHYA LARA GADELHA PADILHA, CHRISTIANO PONTES THOMÉ e CARLOS OLÍMPIODE MELO na OrCrim era dar destinação aos valores desviados e o gerenciamento dos recursos financeiros recebidos de maneira ilícita por parte da OrCrim. Em especial, os percebidos pelo líder da OrCrim, o denunciado JALSER RENIER PADILHA, adquirindo propriedades imóveis e
móveis”.
“É preciso destacar que o complexo esquema de lavagem também envolvia a transferência de recursos para pessoas jurídicas administradas pela OrCrim, com a utilização de empresas de fachada, a exemplo da C.V Derivados de Petróleo, MCS Manaus Comércio e Serviços EIRELI LTDA. etc.Por meio dessa tipologia, são utilizadas empresas para dissimular ganhos auferidos de atividades criminosas. Constitui-se uma empresa regular e, mediante fraudes contábeis e documentais, inflam-se o faturamento e os lucros, com pagamentos aos sócios, a fim de dissimular a entrega a estes de produto do crime.”, afirma o MP.
Veja o teor da denúncia:
Foto: ALERR