A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (11) em Roraima uma operação contra fraudes no pagamento de benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a índios guianenses. São cumpridos seis mandados de busca e apreensão na capital Boa Vista e em Bonfim, na fronteira com a Guiana.
Conforme a investigação, foram identificados 56 benefícios como aposentadoria e salário maternidade concedidos mediante fraude, principalmente a indígenas idosos da Guiana. De acordo com a PF, quase R$ 2 milhões já haviam sido pagos aos beneficiários, e os desvios poderiam chegar a quase R$ 7 milhões.
De acordo com a PF, o esquema era comandado por uma servidora pública estadual que, em parceria com uma brasileira residente em Lethem, município guianense na fronteira com o Brasil, localizava os idosos estrangeiros para participar da fraude. Os principais crimes investigados são associação criminosa e o estelionato previdenciário.
“Os idosos, cuja maior parte seriam também indígenas, conseguiam declarações falsas fornecidas por lideranças indígenas de tribos brasileiras de que seriam pertencentes a estas tribos nacionais”, detalhou a PF. “De posse deste documento, conseguiriam expedir certidões de nascimento brasileiras e todos os demais documentos necessários para o pleito a benefícios previdenciários junto ao INSS”.
Ainda segundo a PF, após a concessão do benefício, a chefe do esquema ficava com os cartões e fazia empréstimos consignados em nome dos beneficiários, pagando a eles “pequenos valores a título de compensação, chegando a apenas R$ 50,00 mensais em alguns casos já identificados”.
A operação batizada de Terminum é feita pela Força-Tarefa Previdenciária em Roraima, integrada pela PF e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Roraima.
Informações: G1 Roraima