Mulher que foi desligada do curso da Polícia Penal de RR por estar grávida se forma após intervenção do Ministério Público

Mulher que foi desligada do curso da Polícia Penal de RR por estar grávida se forma após intervenção do Ministério Público
Fachada do Ministério Público de Roraima – Foto Roraima em Tempo/Gabriel Cavalcante

Uma recomendação expedida pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), resultou na formação, como policial penal, da candidata Thainá Santos de Souza. Ela havia sido desligada da segunda etapa, em agosto de 2022, por estar grávida.

Para o órgão, a exclusão da aluna feria a Constituição Federal e legislações de proteção à mulher, que preveem a garantia de acesso ao trabalho para as gestantes.

O Ministério Público então requereu à Sejuc para que a candidata concluísse o curso após o nascimento da criança. Isso sem depender de outras convocações, em razão de Thainá ter realizado quase metade do período de instrução técnica.

A promotora de Justiça de Defesa da Mulher, Lucimara Campaner, explica que a gravidez não pode ser condição para impedir avanço em etapas do certame. E tampouco obstáculo para acessar cargo público e a carreira profissional.

“A conclusão do curso de formação da candidata Thainá simboliza atuação do Ministério Público extrajudicial. E garantidor de direito fundamental da mulher, bem como traz segurança para essa jovem no futuro no sentido de poder exercer a carreira profissional de policial penal. E por meio do trabalho, reunir condições de vida condigna para ela e sua família. Além de prestar serviços relevantes para a sociedade roraimense”, explicou.

Fonte: Da Redação