Roraima deve receber a partir da segunda quinzena de dezembro, duas casas de passagem voltadas ao acolhimento de crianças e adolescentes imigrantes no Estado. A informação foi divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na última sexta-feira (6).
Conforme a entidade, uma casa de passagem deve se construída no município de Pacaraima, que faz fronteira com a Venezuela, e outra na capital do Estado, Boa Vista. As unidades contarão com uma equipe técnica de psicólogos e assistentes sociais que trabalharão no acompanhamento e busca ativa de familiares de cada criança e adolescente.
A coordenação das casas ficará a cargo da organização Aldeias Infantis SOS, que segundo a UNICEF, possui experiência internacional em modalidades alternativas de cuidado, com atuação em outros países no contexto de resposta ao fluxo migratório venezuelano.
De acordo com a entidade, as casas de passagem irão representar a ampliação dos equipamentos especializados para o acolhimento de crianças e adolescentes, focadas em modalidades alternativas à institucionalização, oportunizando um ambiente próximo de uma rotina familiar.
“As duas casas são resultados de uma parceria entre o UNICEF, o Governo de Roraima e o Ministério da Cidadania, no contexto da Operação Acolhida, com apoio para mobiliário da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e Organização Internacional para as Migrações (OIM)”, informou a nota.
A UNICEF explicou também que além das duas novas casas de passagem, o Governo Federal e agências da ONU estão apoiando os atuais abrigos para jovens de Roraima, a fim de melhorar a estrutura física e ampliar a equipe técnica especializada.
“Também foi elaborado um fluxo de monitoramento e acompanhamento dos casos que contou com o intercâmbio de informações de diversos órgãos federais, estaduais, municipais, além de organismos internacionais e sociedade civil”, esclareceu.
Segundo a entidade, para melhorar a integração do fluxo, foi assinado um convênio com a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI) para contratar gestores de casos de crianças e adolescentes desacompanhados e separados em Pacaraima e Boa Vista.
“Os gestores são profissionais responsáveis por acompanhar os casos desde o momento da identificação até o final do fluxo, garantindo que todos os envolvidos na solução dos casos estejam informados e integrados, evitando a revitimização das crianças e dos adolescentes”, completou.
Informações: Roraima em Tempo