HGR mata mais que covid-19 em Roraima

A precariedade na estrutura do Hospital Geral de Roraima (HGR), de responsabilidade do Governo do Estado e atualmente administrado pelas mãos de Antônio Denarium, Jalser Renier e Otaci Nascimento, nunca foi novidade.

Mas com a chegada da pandemia, essa realidade ficou ainda mais escancarada para toda a sociedade, porque antes muitos apenas ouviam falar e hoje muitos vivem essa triste realidade, sentindo na pele o resultado da má gestão do dinheiro público.

O ‘matadouro’, como muitos apelidaram o HGR, tem sido alvo de denúncias diariamente na imprensa e em redes sociais pelos próprios pacientes e familiares, que expõem as circunstâncias dos internados em corredores em meio ao lixo, calor, convivendo com bactérias e tantas outras situações insalubres para qualquer ser humano.

Nos últimos dois meses, basta abrir as redes sociais por 10 minutos que percebe-se inúmeras publicações de LUTO de pessoas diferentes. Está morrendo mais gente em Roraima, mas não é de covid, é de HGR. Há relatos de familiares de pacientes que afirmam que a pessoa chega em condições ao hospital, mas logo que é internado, morre.

Em 1ª de janeiro deste ano, por exemplo, Roraima registrava 787 mortes e 30 em investigação. Em pouco mais de um mês, no dia 6 de fevereiro, estes números subiram para 896 de mortes, mais 107 em investigação. Ou seja, provavelmente Roraima já passou da marca de 1000 mortes por covid/HGR.

Este número é quase o triplo do previsto pelo governador Antônio Denarium, de 300 mortes, quando o chefe do executivo negava a existência e a gravidade da doença e incentivava manifestações de empresários e comerciantes contra as medidas da Prefeitura de Boa Vista para conter o avanço do vírus.

Mas isso não é tudo. Basta fazer uma comparação com outros hospitais mais modernos e equipados do Brasil. Morre mais em Roraima com o vírus por falta de estrutura no Hospital, falta de medicamentos para entubar pacientes, falta de leitos, falta de respiradores, falta de limpeza, falta de compromisso dos gestores, falta de vergonha na cara de quem comanda este Estado.

Em Roraima, tenha certeza, caro leitor, morre mais de ‘HGR’ do que de Covid.