Taxa de ocupação de leitos de UTI em Roraima está em ‘alerta crítico’, diz Fiocruz

Estado segue em alerta crítico desde 21 de dezembro de 2020, conforme boletim divulgado nessa terça-feira (9)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nessa terça-feira (9) que a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com coronavírus está em “alerta crítico” em Roraima. Na última segunda-feira, o índice estava em 80%.

No boletim, foi disponibilizada uma sequência de 17 mapas com dados coletados até o dia 8 de março. Eles mostram a evolução da pandemia em todo o país para alertar sobre o agravamento nos estados e capitais.

Essa taxa em Roraima segue em alerta crítico desde o dia 21 de dezembro de 2020. No dia 4 de janeiro deste ano, o estado entrou em alerta médio, entretanto, no dia 18 do mesmo mês, voltou ao nível crítico.

De acordo com a Fiocruz, as taxas são classificadas em alerta crítica (vermelho), quando iguais ou superiores a 80%; alerta intermediária (amarelo), quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%; e fora de zona de alerta (verde), quando inferiores a 60%.

Entre todas as unidades federativas, 20 estão com UTIs acima de 80%, sendo 13 delas com mais de 90% das vagas preenchidas por pacientes graves de Covid-19. Veja distribuição dos dados por capitais:

  • Porto Velho (100%)
  • Rio Branco (99%)
  • Manaus (87%)
  • Macapá (90%)
  • Palmas (95%)
  • São Luís (94%)
  • Teresina (98%)
  • Fortaleza (96%)
  • Natal (96%)
  • João Pessoa (87%)
  • Recife (85%)
  • Aracajú (86%)
  • Salvador (85%)
  • Belo Horizonte (85%)
  • Vitória (80%)
  • Rio de Janeiro (93%)
  • São Paulo (82%)
  • Curitiba (96%)
  • Florianópolis (97%)
  • Porto Alegre (102%)
  • Campo Grande (106%)
  • Cuiabá (96%)
  • Goiânia (98%)
  • Brasília (97%)
  • Boa Vista (80%).

“Mesmo no período entre a segunda metade de julho e o mês de agosto, quando foram registrados os maiores números de casos e óbitos, não tivemos um cenário como o atual, com a maioria dos estados e Distrito Federal na zona de alerta crítica”, analisa a fundação.

Para a Fiocruz, o quadro atual e a situação extremamente crítica no que se refere às taxas de ocupação de leitos UTI, apontam para a sobrecarga e mesmo colapso dos sistemas de saúde.

“Os pesquisadores reforçam a necessidade de ampliar e fortalecer as medidas não farmacológicas envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos. Além disso, é necessário o reforço da atenção primária e das ações de vigilância, que incluem a testagem oportuna de casos suspeitos e seus contatos”, orienta.

DADOS

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dessa terça-feira (9), dos 90 leitos de UTI, 69 estão ocupados (77%), enquanto 139 dos 169 leitos clínicos também têm pacientes em tratamento (82%); e 9 dos 10 leitos semi-intensivos seguem com taxa de 90% de ocupação.

Em Roraima, 216 pessoas estão internadas no Hospital Geral de Roraima (HGR), 43 no Hospital de Retaguarda e 15 na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré. Desde o início da pandemia, o estado tem 84.909 pessoas infectadas e 1.216 mortes pela doença.

Informações: Roraima em Tempo