A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nessa terça-feira (9) que a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com coronavírus está em “alerta crítico” em Roraima. Na última segunda-feira, o índice estava em 80%.
No boletim, foi disponibilizada uma sequência de 17 mapas com dados coletados até o dia 8 de março. Eles mostram a evolução da pandemia em todo o país para alertar sobre o agravamento nos estados e capitais.
Essa taxa em Roraima segue em alerta crítico desde o dia 21 de dezembro de 2020. No dia 4 de janeiro deste ano, o estado entrou em alerta médio, entretanto, no dia 18 do mesmo mês, voltou ao nível crítico.
De acordo com a Fiocruz, as taxas são classificadas em alerta crítica (vermelho), quando iguais ou superiores a 80%; alerta intermediária (amarelo), quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%; e fora de zona de alerta (verde), quando inferiores a 60%.
Entre todas as unidades federativas, 20 estão com UTIs acima de 80%, sendo 13 delas com mais de 90% das vagas preenchidas por pacientes graves de Covid-19. Veja distribuição dos dados por capitais:
- Porto Velho (100%)
- Rio Branco (99%)
- Manaus (87%)
- Macapá (90%)
- Palmas (95%)
- São Luís (94%)
- Teresina (98%)
- Fortaleza (96%)
- Natal (96%)
- João Pessoa (87%)
- Recife (85%)
- Aracajú (86%)
- Salvador (85%)
- Belo Horizonte (85%)
- Vitória (80%)
- Rio de Janeiro (93%)
- São Paulo (82%)
- Curitiba (96%)
- Florianópolis (97%)
- Porto Alegre (102%)
- Campo Grande (106%)
- Cuiabá (96%)
- Goiânia (98%)
- Brasília (97%)
- Boa Vista (80%).
“Mesmo no período entre a segunda metade de julho e o mês de agosto, quando foram registrados os maiores números de casos e óbitos, não tivemos um cenário como o atual, com a maioria dos estados e Distrito Federal na zona de alerta crítica”, analisa a fundação.
Para a Fiocruz, o quadro atual e a situação extremamente crítica no que se refere às taxas de ocupação de leitos UTI, apontam para a sobrecarga e mesmo colapso dos sistemas de saúde.
“Os pesquisadores reforçam a necessidade de ampliar e fortalecer as medidas não farmacológicas envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos. Além disso, é necessário o reforço da atenção primária e das ações de vigilância, que incluem a testagem oportuna de casos suspeitos e seus contatos”, orienta.
DADOS
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) dessa terça-feira (9), dos 90 leitos de UTI, 69 estão ocupados (77%), enquanto 139 dos 169 leitos clínicos também têm pacientes em tratamento (82%); e 9 dos 10 leitos semi-intensivos seguem com taxa de 90% de ocupação.
Em Roraima, 216 pessoas estão internadas no Hospital Geral de Roraima (HGR), 43 no Hospital de Retaguarda e 15 na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré. Desde o início da pandemia, o estado tem 84.909 pessoas infectadas e 1.216 mortes pela doença.
Informações: Roraima em Tempo