Tendência de queda de mortes por Covid-19 em RR pode ser interrompida, diz Fiocruz

1,4 mil pessoas morreram vítimas de coronavírus em Roraima, segundo informou a Sesau - Divulgação

Roraima tem chances de perder a estabilidade que adquiriu nas últimas semanas em relação a mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), comum entre pacientes com Coronavírus. A informação é do último boletim Infogripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisou dados de até segunda-feira passada (12).

Conforme o órgão, esse risco existe devido à permanência de Roraima em um índice de mortes que é inferior pico da pandemia que ocorreu em fevereiro deste ano, mas superior aos números do pico registrado no final de outubro do ano passado. Isso significa que mortes por SRAG ainda estão em um índice considerado muito alto.

Ao todo, 1,4 mil pessoas morreram vítimas de coronavírus em Roraima. Outras 95 mortes provocadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são investigadas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau).

“[…] Os estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, e Santa Catarina apresentam indícios de que podem estar interrompendo a tendência de queda ainda em valores significativamente elevados. […] em Roraima a estimativa atual indica apenas pequena redução em relação ao pico de fevereiro de 2021, e acima do pico de final de outubro de 2020”, informa trecho do boletim.

O documento ressalta que é necessário evitar flexibilizações no funcionamento do comércio no estado para garantir que os índices não subam novamente. Além disso, é importante reforçar medidas sanitárias básicas para prevenção do vírus, como o uso contínuo de máscara, distanciamento social e uso constante de álcool em gel.

“[…] A retomada das atividades de maneira precoce pode justamente levar a um quadro de interrupção da queda ainda em valores muito distantes de um cenário de segurança. Tal situação, caso ocorra, não apenas manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos como também manterá a taxa de ocupação hospitalar em níveis preocupantes, impactando todos os atendimentos, não apenas aqueles relacionadas à síndromes respiratórias e COVID-19”, reforça trecho do Infogripe.

Informações: Roraima em Tempo