O governador Antônio Denarium mudou radicalmente o seu modelo de administração do Estado de Roraima. Após quase três anos patinando, tentando arrumar a casa, o governador e sua equipe abandonaram a reforma administrativa, deixaram de lado o planejamento e os investimentos que realmente mudam um estado e partiram para uma medida desesperada de elevação da popularidade do governo. Tudo em busca de votos.
A sua equipe, composta por velhos políticos que têm mais de 30 anos de carreira em cargos públicos, passou a adotar um modelo politiqueiro de gestão, que dá esmola aos moradores mais pobres e tenta fazer disso uma grande ação de governo. Denarium, sem experiência nenhuma em gestão pública, abriu as portas do Palácio e deu espaço para caciques da política acostumados a dar esmola ao povo e mantê-los em suas mãos, dependendo de migalhas para sobreviver. Isso nunca trouxe desenvolvimento.
A entrega de cestas básicas e cartões de crédito, ação feita pessoalmente pelo governador e secretários, nada mais é do que uma campanha eleitoral antecipada, deixando quem precisa de apoio cada vez mais dependente de ações imediatas de governo que não mudam a vida de ninguém. Aliás, só deixam o povo refém, nas mãos de maus políticos, maus líderes. Dar assistência aos mais necessitados é importante? Sim. Mas é preciso muito mais, é preciso ir além dessa ação midiática. Isso não tira ninguém da pobreza. E no próximo mês? E no próximo? E no próximo?
O povo, em pleno 2021, precisa e espera de um Governo ações que garantam a renda, o emprego, desenvolvimento. As pessoas aceitam as esmolas porque precisam, mas entre uma cesta básica e um emprego, a dignidade fala mais alto e o cidadão passa a caminhar com as próprias pernas, ficando cada vez menos dependente de ações politiqueiras de governos desordenados, desorganizados e sem planejamento.
Mas, pelo visto, isso está cada vez mais distante de acontecer enquanto Antônio Denarium estiver a frente do Governo do Estado. Para um governo que entrou prometendo revolucionar a administração pública, por vir de uma carreira no ramo empresarial, privado, a esperança sumiu. O que há, dentro do governo, e todos sabem, são acordos políticos, alianças com velhos costumes, discursos vazios. O que o Governo fala, não se vê nas ruas!
Criar oportunidades para progredir é dar cidadania, não esmola.
