Chico Rodrigues aumenta gastos com propaganda em quase 30% em 2021

Senador gastou R$ 154,4 mil com essa finalidade de janeiro a outubro deste ano - Foto: Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (DEM) já gastou R$ 154,4 mil da cota parlamentar, somente neste ano, com despesas referentes à “divulgação da atividade parlamentar”.

Esse é o valor total gasto com essa finalidade entre janeiro e outubro: na comparação com igual período de 2020, houve um aumento de 28%.

A cota parlamentar, conhecida como cotão, é dinheiro público a que congressistas têm direito a gastar com quase tudo o que você imaginar.

Nesse caso, Chico está usando a verba, principalmente, para “serviços de assessoria de comunicação, divulgação de ações parlamentares e serviços fotográficos”, de acordo com as notas fiscais apresentadas para ressarcimento e que constam no sistema do Senado.

Dinheiro na cueca

Em outubro do ano passado, como a Crusoé revelou, o senador a Polícia Federal (PF) flagrou o senador com dinheiro na cueca. O episódio ocorreu durante uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid.

No último dia 28, como noticiamos, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, enviou para a Procuradoria-Geral da República um pedido do senador para que o inquérito do senador que trata do episódio . Conforme a defesa do parlamentar, “falta de justa causa penal”.

Chico, que foi vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e empregou Léo Índio, chegou a ficar afastado das suas funções.

Em uma manobra que envolveu seus correligionários Davi Alcolumbre e Jayme Campos, ele voltou ao Senado sem qualquer punição. Em contrapartida, o Conselho de Ética do Senado não julgou o caso até hoje.

O caso

De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), Chico Rodrigues é suspeito de participar de um esquema armado para o desvio de cerca de R$ 20 milhões da Sesau.

O órgão identificou diversos indícios de superfaturamento em contratos de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e kits de teste rápido.

Nesse sentido, o inquérito aponta que os integrantes do esquema direcionavam as contratações para empresas por meio de licitações fraudulentas.

Informações: Roraima em Tempo