Denarium ignora pandemia mais uma vez e promove novas aglomerações com público sem máscaras

O governador de Roraima Antônio Denarium, no início da pandemia, estimava 300 mortes em todo o Estado. Desde então, já somamos 2.050 óbitos de roraimenses. Muitos deles por falta de atendimento adequado no Hospital Geral que nunca teve equipamentos suficientes, medicamentos para intubação ou insumos. Teve até ‘cachoeiras’ dentro das UTI’s.

Pois bem. Ainda em 2020, quando a Prefeitura de Boa Vista começou a tomar medidas impopulares visando a proteção da vida, o Governo do Estado mobilizou empresários e parte da população para promover aglomerações em frente ao Palácio 9 de Julho em protesto contra o fechamento de alguns segmentos do comércio.

Depois, com o aumento considerável de casos de covid-19 em Roraima, o HGR começou a mostrar, escancaradamente, todos os seus problemas estruturais, de gestão, com falta de profissionais, equipamentos e até remédios indispensáveis para intubação de pacientes. Com a explosão dos casos, faltaram leitos e muita gente ficou jogada pelos corredores.

Quando a situação chegou ao extremo, entrou em ação um grupo do mal de olho nos recursos públicos da saúde, mesmo com o governador controlando em planilha cada centavo que sai dos cofres públicos. Compraram, com pagamento adiantado, os respiradores mais caros do Brasil e ainda pagaram valores exorbitantes em cartilhas e máscaras, tudo superfaturado.

Em meio a todos os esquemas de corrupção envolvendo os recursos da saúde, muitas vidas eram pedidas. Centenas de famílias, durante a pandemia, fizeram apelos nas redes sociais, vaquinhas online para arrecadar fundos para comprar remédios. O governador chegou a anunciar que devolveria os recursos comprados por familiares de pacientes. Até hoje, ninguém recebeu nada de volta. Uma falta de gestão tremenda, negacionismo puro.

E aí veio a segunda onda e nada do HGR ser equipado, modernizado, nada de entregar o anexo do hospital, o que viabilizaria centenas de leitos para que os pacientes tivessem um atendimento digno e pudessem lutar pela vida. Com a segunda onda, surgiu a necessidade de se inaugurar o quanto antes o Hospital de Campanha. Foi aquela novela. A Prefeitura de Boa Vista fez toda a sua parte, com apoio com equipamentos, medicamentos e profissionais. A parte do Estado demorou quase seis meses para ser entregue… e morrendo gente.

Cancelaram milhares de cirurgias eletivas de pacientes oncológicos, ortopédicos, etc.. Se já não bastasse o mau exemplo do governador em não respeitar o distanciamento, o chefe do executivo continua dando péssimos exemplos em desrespeito à vida, aglomerando, promovendo shows e deixando de utilizar máscaras em público.

Resumindo essa triste história, mesmo com o surgimento da nova cepa, a Omicron, o governador continua promovendo grandes aglomerações, burlando as restrições sanitárias, participando e investindo dinheiro público em shows com pessoas sem máscaras. Se essa cepa for ainda mais letal, uma terceira ou quarta onda pode atingir em cheio Roraima e mostrar, mais uma vez, quem está do lado da vida e quem está do lado da morte.

Respeite a vida, governador. Use máscaras, não aglomere e promova campanhas de incentivo à vacina! Faça a sua parte, que Roraima agradece.