“Denarium não se interessa por gente. Só por soja e boi”, diz Frutuoso sobre caos na Saúde

A crítica do vice-governador faz referência ao fato de Denarium ser empresário e produtor agrícola. Segundo Lins, desde que Denarium assumiu o governo tem usado a estrutura do Estado, principalmente, para beneficiar o setor

Após o secretário Leocádio Vasconcelos evidenciar crise na Saúde de Roraima com o pedido de exoneração na semana passada, o vice-governador Frutuoso Lins (MDB) voltou a criticar a gestão do governador do Estado, Antonio Denarium. “Ele não se interessa por gente, somente por soja e boi”, disse nesta segunda-feira, 13.

Leocádio anunciou pedido de exoneração na segunda-feira, 6, mas voltou atrás após insistência do governador. Segundo fontes, Vasconcelos estaria completamente insatisfeito por não ter autonomia na gestão. Leocádio disse a inclusive que agora ‘espera’ ter autonomia.

A crítica do vice-governador faz referência ao fato de Denarium ser empresário e produtor agrícola. Segundo Lins, desde que Denarium assumiu o governo tem usado a estrutura do Estado, principalmente, para beneficiar o setor.

Por não concordar com esse posicionamento, Frutuoso, no início do mandato chegou a chamar Denarium de “garoto propaganda do agronegócio”.

‘Enganar o povo’

Questionado se acredita na possibilidade do governador melhorar Saúde, Frutuoso foi categórico: “Não creio. Apesar de, por ser ano eleitoral [em 2022], vai fazer de tudo para enganar a população”, avaliou.

‘Influência’

Sem dar detalhes, Frutuoso atribuiu à esposa do governador, Simone Denarium, a troca constante de secretários da Sesau. “Ingerência da primeira-dama”, garantiu.

Outras críticas

Em outubro deste ano, o vice-governador revelou que o governo do Estado tinha em caixa pelo menos R$ 1,7 bilhão, mas que o governador não usava a verba para melhorar a saúde pública.

“O governo de Antonio Denarium vem recebendo R$ 50 milhões a mais por ano para o setor, em relação ao governo de Suely Campos. No entanto, a Saúde de hoje todos sabem como está: não se consegue operar um femur, hérnia, vesícula e até histerectomia”, disse à época.

Informações: Portal O Poder