Mãe e bebê morrem após parto e família denuncia Governo por negligência em atendimento médico

Giovanna Mafra, tinha 25 anos e era mãe de outras crianças: Familiares disseram que equipe médica não deu devida assistência à vítima - Foto: Arquivo Pessoal

A mãe, da jovem Giovanna Mafra, de 25 anos, denunciou nesta sexta-feira (14) que a filha e o neto morreram vítimas de negligência médica da Maternidade de Rorainópolis e do Hospital Otomar de Souza Pinto.

De acordo com a mulher, Giovanna deu entrada na maternidade do município no dia 5 de janeiro. O parto havia sido marcado como cesárea por conta do histórico dos outros partos também terem sido realizados da mesma forma. A vítima era mãe de outras cinco crianças.

Durante o parto de Giovanna, a mãe da vítima ainda relatou que a filha sofreu ‘violência obstetra’.

“Apertaram muito ela, o médico ainda subiu em cima da barriga dela, porque disseram que o bebê estava muito em cima. A barriga dela ficou toda escura devido a essa questão.” desabafou.

Ainda conforme a mulher, o bebê nasceu com má formação, não resistiu e veio à falecer. Giovanna ficou dois dias internada na maternidade de Rorainópolis.

No dia 7 de janeiro recebeu alta. No entanto no dia 9, Giovanna procurou novamente a maternidade em busca de atendimento porque não se sentia bem.

“Ela já chegou com falta de ar. No domingo, procuramos a maternidade, mas a doutora disse que era ansiedade pela perda do bebê e anemia e mandou de volta [pra casa].”

A mãe ainda explica que na segunda-feira (10) os familiares procuraram o hospital do município onde disseram que a febre e os sintomas de Giovanna eram ainda ansiedade. Entretanto, a família resolveu procurar atendimento particular.

“Na terça-feira, resolvemos procurar uma clínica particular. O exame deu que ela estava com pneumonia e água no pulmão. Internaram ela e daí foi piorando.”

‘Negligência’

Conforme a mãe, Giovanna foi internada no Hospital Otomar Souza Pinto e foi na quinta-feira (12) a equipe médica decidiu transferi-la para a capital, no entanto, Giovanna morreu ainda dentro da ambulância.

A mulher conta que durante o trajeto não havia uma equipe completa de profissionais para salvar a vida da filha.

“Não mandaram um médico acompanhando, só mandaram um técnico que ele sequer sabia o que fazer.”

A família abriu um Boletim de Ocorrência e para a mãe da vítima o sentimento que fica é o de revolta.

“Ficou cinco crianças órfãs de mãe. Ela tem um filho de 10 anos, uma menina de 9, um 5, um de 4, e uma menina de 1 ano e seis meses. É muito triste.”

O que diz o governo – A Secretaria de Saúde disse que lamenta o ocorrido e informa que está adotando as medidas necessárias que o caso requer.