Na manhã desta quarta-feira, 16, pais de alunos assistidos pelo Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência (CIAPD), antigo ‘Viva Comunidade’, do governo de Roraima, fizeram fazer graves denúncias contra o Estado. Eles apontam desvio de função, falta de servidores suficiente para atender os alunos, falta de transporte escolar e até ‘corte’ de merenda.
Segundo uma mãe de aluno, que pediu para não ser identificada, o atendimento pedagógico, que deveria ter começado no dia 9 deste mês, ainda não iniciou devido a falta profissionais de limpeza. “Não tem equipe de limpeza. Os professores estão sendo coagidos a fazer a limpeza, mas eles já bateram o pé e disseram que não vão limpar. E estão certos! O governador precisa tomar a responsabilidade para ele e resolver o problema”, disse.
Outra mãe de aluno contou que, numa tentativa de forçar os professores a fazerem a limpeza das salas, a Secretaria de Educação teria informado que o trabalho extra dos educadores seria temporário. “Seria só até ter um seletivo. Aí eles enviariam a equipe de limpeza e assistente de alunos, mas os professores sabem que é só enganação. Desde o início desse governo que a situação é precária”, disse.
Sem merenda
Além da falta de profissionais, o grupo de pais afirma que há três anos o governo Denarium ‘cortou’ a merenda de crianças, jovens e adultos com deficiência que são atendidos pelo Centro.
Sem transporte
Ainda conforme relatos de pais e mães completamente decepcionados com o governador Antonio Denarium, pelo menos 250, dos 500 que deveriam ser atendidos pelo Centro, tiveram que abandonar as atividades após o governo ‘cortar’ o transporte escolar.
“Muitos pais e mães fazem sacrifícios para trazer os filhos, mas, infelizmente, muitos de nós não tem condição de pagar uma passagem, de pagar um transporte para trazer o filho. É maldade, é cruel, é desumano o que esse senhor governador faz com a gente. Ele mais do que ninguém deveria se colocar no nosso lugar. Ele, que tem um filhinho com deficiência, deveria sentir a nossa dor e nos ajudar”, desabafou uma mãe aos prantos.
O Centro
O Centro funciona com o suporte da Setrabes, da Secretaria de Saúde e Educação. Ainda conforme os pais, quando confrontam os funcionários sobre os problemas são informados que uma secretaria passa a responsabilidade para a outra.
“É tipo o filho que ninguém quer ter. Quando procura uma para reclamar da falta de algo, jogam pra outra. Nem diretor esse Centro tem mais. Estamos sendo muito humilhados”, lamentou.
Informações: Portal O Poder