Em Normandia, alunos de escola estadual abandonada assistem aulas em um barracão

Com o prédio da Escola Estadual Indígena José Viriato na Comunidade da Raposa I em Normandia desativado, os alunos estão estudando de forma improvisada em um barracão. De acordo com a denúncia, o caso ocorre há mais de quatro anos.

O prédio da escola está completamente deteriorado, sendo inclusive, alvo de denúncias anteriormente na imprensa. Por conta, disso, a Defesa Civil teve que interditar o local.

A unidade atende cerca de 400 alunos, contudo nunca recebeu uma reforma por parte do Governo do Estado. Por conta disso, os pais estão se mobilizando para fazerem melhorias na estrutura da escola por conta própria.

“Nosso prédio está chovendo mais dentro do que fora. Não é só esse mês, é três, quatro anos. Então porque vocês não faz, [o governo], nós decidimos fazer a pintura por nossa conta, convidar os pais para quebrar uns forros para a gente voltar, porque quem está perdendo são os nossos alunos”, disse João Raposo.

O professor Gabriel Sarmento questionou o fato de os mais de 400 alunos da comunidade estarem esquecidos pelo governo.

“Nós procuramos o melhor para a estrutura da nossa escola estadual. A municipal está mais ou menos, mas a estadual está interditada. Então nós estamos no barracão da comunidade emprestado para atender os pais e os responsáveis desses alunos. Mas nós queremos nossa estrutura, porque ali concentra mais ou menos 400 alunos e queremos o espaço melhor. Já se passaram três anos do governo e nunca foi visto. Nós estamos esperando. Está interditado. Será que vai acontecer esse ano? Estou achando muito difícil”, disse.

Outro lado – A Seed afirmou em nota que a escola será completamente reformada. Atualmente o projeto encontra-se em elaboração na Secretaria de Infraestrutura (Seinf).

Disse ainda que, em função da situação precária do prédio, orientou a unidade a executar as aulas de forma remota. Sobre os alunos estudarem no barracão, a Seed afirmou que não autorizou que a escola ministre as aulas no local.

Veja outras denúncias envolvendo a rede estadual de ensino: