Funcionários fazem novas denúncias sobre a precariedade do HGR e temem novo caos na Saúde

Inaugurado há dois meses, com a promessa de revolucionar o atendimento público de Saúde e ser um marco na história do Estado, o Bloco E, do Hospital Geral de Roraima (HGR), segue sem nenhuma sala de Centro Cirúrgico em funcionamento e acumula problemas “crônicos” como, por exemplo, falta de insumos e falhas em elevadores.

Nesta quarta-feira, 18, funcionários efetivos da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) fizeram novas e reforçar outras denúncias sobre a precariedade do funcionamento da estrutura, inaugurada em evento politiqueiro pelo governador Antônio Denarium (PP) e parlamentares aliados.

“Nenhuma sala do Centro Cirúrgico está funcionando, faltam insumos sempre e ainda precisamos trabalhar com medo de ficar presos no elevador”, desabafou um servidor público.

E para piorar…

Com uma megaestrutura predial, servidores lamentam que o HGR ainda não esteja funcionando com a capacidade que pode e se dizem frustrados com o desprezo do governo pelas pessoas que dependem do sistema público estadual.

Além disso, os funcionários denunciam que o contrato dos maqueiros está encerrando e a enfermagem está completamente defasada. “O pior é que está encerrando o contrato dos maqueiros que já eram poucos, a enfermagem toda está defasada também”, disse.

UTI fechada

O profissional também denunciou que uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específica está fechada por falta de profissionais de enfermagem. “Já eram para ter sido chamados mais profissionais. Hoje praticamente não se tem mais leitos e sequer maca na emergência”, contou.

Outro funcionário acrescentou que pacientes ficam desesperados com a falta de atendimento ou a precariedade do serviço oferecido pelo governo Denarium. “A agonia toma conta dos pacientes que estão na fila para entrar no HGR e ainda vai ter que esperar para saber se haverá leito para ele”, lamentou.

Blocos ‘Bloqueados’

Segundo um dos denunciantes, há leitos “bloqueados” no Bloco A e no Bloco F. “Só hoje o Bloco A está com 20 leitos bloqueados e no Bloco F mais quase 30 bloqueados. Motivos: falta de profissionais da enfermagem. Essa mesma categoria que vem sendo ludibriada pelo governo que não cumpre o acordado”, disse.

Caos se aproxima

O funcionário revelou, ainda, que se profissionais da enfermagem não forem chamados até sexta-feira, dia 20, Roraima viverá um dos piores caos na saúde.

“Se não chamar mais profissionais da enfermagem até sexta, estaremos vivendo um dos piores caos já visto na saúde pública de Roraima”.

Improcedentes?

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde desmentiu os funcionários efetivos e garantiu que são improcedentes as informações de que os blocos do anexo Governador José de Anchieta Júnior do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento não estariam sendo utilizados.

“A ocupação dos mesmos está ocorrendo conforme o planejamento da Direção Geral da Unidade”. Ainda conforme a pasta, o Bloco E está funcionando em sua totalidade, enquanto o Bloco F atualmente está com 50% de uso. “A unidade também dispõe de Bloco Cirúrgico que está sendo usado normalmente, e Bloco de UTI que está com três de suas quatro alas em uso”, diz.

A Sesau sustenta, ainda, que “vem realizando a convocação contínua de profissionais aprovados em processo seletivo e que esse chamamento está ocorrendo de acordo com a oportunidade e conveniência do interesse público”.

Por fim, diz que as convocações dos profissionais para assinatura de contratos são realizadas conforme a necessidade específica pelas unidades de saúde.

Informações: O Poder