Durante as chuvas do final da tarde desta quarta-feira (3), pacientes fizeram novos registros de alagamentos na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth.
A unidade funciona improvisadamente sob tendas e lonas no bairro 13 de Setembro. Devido à fragilidade da estrutura, a chuva invadiu mais uma vez o hospital.
Nas imagens, a água escorre pelo teto e por todos os lados. Enquanto servidores e acompanhantes desesperados tentam amenizar a situação com baldes e rodos.
Em um dos vídeos, as gestantes se reúnem em um canto em busca de proteção. Elas temem que o teto desabe sobre as pessoas que lá estão.
“Governador Denarium, olha o povo desesperado para não desabar. Olha a maternidade novamente desabando”, diz uma mulher.
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Durante as fortes chuvas da última segunda-feira (1º), a água invadiu a maternidade. Vários vídeos circularam nas redes sociais mostrando a situação.
Nas imagens, também era possível ver as gestantes em busca de um local seguro. Além disso, elas levavam seus pertences.
Os funcionários também moviam equipamentos pelos corredores. Até mesmo uma geladeira estava sob a água que caía dentro da unidade.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que o problema não causou danos no atendimento às pacientes. Do mesmo modo, não prejudicou as atividades. Disse ainda que acionou a empresa responsável pela estrutura que logo iniciou os reparos.
A redação entrou em contato novamente para saber sobre o alagamento de hoje. Desse modo, a Sesau afirmou que já realizou os reparos necessários e que o alagamento ocorrer apenas em um dos corredores da unidade.
Estrutura da maternidade
A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth funciona de forma improvisada sob uma estrutura alugada pelo Governo. Nesse sentido, em agosto do ano passado, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. Em seguida, fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser R$ cerca de 12 milhões.
Conforme a pasta, o local abrigaria a maternidade e o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março deste ano.
A Sesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 5 de junho do ano passado.
Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio. Contudo, um ano depois, a reforma da maternidade continua sem previsão de conclusão.
Informações: Roraima em Tempo